Lava Jato: para esposas de presos, local de revista íntima é insalubre
Em carta enviada à administração, elas relatam as baixas condições estruturais e alegam que há falta de equipamentos e limpeza
atualizado
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O Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR), vem recebendo reclamações das mães e mulheres de presos, incluindo os detidos pela Lava Jato, sobre as situações enfrentadas nas revistas íntimas. Nessa segunda-feira (5/2), em carta enviada à administração, elas relataram que, no local, há lixo, ratos, fezes de pássaros e mau cheiro. A informação é do Portal 360.
Segundo o jornal, após a reclamação, o espaço passou por reforma e limpeza, além da instalação de uma barra de agachamento, um novo espelho e um ventilador a fim de disponibilizar melhores condições para as visitantes dos detentos.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirma que possui cinco escâneres corporais instalados para atender 10 penitenciárias e outros 20 foram providenciados e devem ser colocados ainda nesta semana. A previsão é de que o equipamento chegue a Pinhais em 30 dias.O presídio comporta cerca de 700 presos, entre eles, o ex-presidente da Câmara dos deputados (MDB) Eduardo Cunha (foto), o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-presidente da Petrobras e Banco do Brasil Aldemir Bendine.
A iniciativa da carta é das mulheres de presidiários de todas as alas e recebeu apoio das ligadas aos detentos da Lava Jato. Elas contam que o pátio de visitas está, assim como o local da revista íntima, sujo e com teias de aranha pelas paredes, ratazanas correndo pela calçada, além de fezes de aves espalhadas pelo chão.
“A situação de desatenção em que se encontram as dependências do Complexo Médico Penal é lamentável, situação esta que submete os visitantes semanalmente a uma condição humilhante”, afirmam na carta.