Mulheres degoladas no RJ: cinco perguntas e respostas sobre o caso
Idosa e diarista foram degoladas e tiveram o apartamento incendiado no Flamengo, zona sul do Rio. Delegacia de Homicídios investiga o crime
atualizado
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Rio de Janeiro – Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e Alice Fernandes da Silva, 51, foram encontradas mortas em um apartamento de luxo na zona sul do Rio. O crime aconteceu na tarde de quinta-feira (9/6).
Segundo a Polícia Civil, um dos suspeitos foi preso na tarde dessa sexta-feira (10/6), em Acari, comunidade da zona norte. O homem não teve a identidade revelada e foi conduzido até a Delegacia de Homicídios para prestar esclarecimentos.
Como e onde aconteceu o crime?
De acordo com familiares de Alice, dois homens subiram no apartamento da idosa por volta de 13h de quinta-feira (9/6), onde teriam permanecido por cerca de três horas.
O crime aconteceu no apartamento de Martha, na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, na zona sul do Rio.
O que foi encontrado na cena do crime?
Cássia Barbosa, amiga da diarista, afirmou ao Metrópoles que a diarista e Martha teriam sido amordaçadas e degoladas. Martha também foi carbonizada em sua cama.
O que diz a família ?
Transtornada, a família de Alice compareceu ao Instituto Médico Legal para fazer a liberação do corpo. Diogo Fernandes, 27, conta que deixou a mãe no trabalho pela manhã e iria buscá-la quando terminasse o serviço.
A diarista fazia faxina na casa de Martha três vezes por semana, há mais de 20 anos. Ela acabaria o serviço por volta das 15h, 15h30, mas o filho perdeu o contato com a mãe antes disso.
Diogo conta que viu nas câmeras de segurança (veja as imagens) dois homens de bonés e máscaras entrando no prédio e sendo liberados na portaria, já que eram conhecidos.
“Eles entraram lá por volta de 13h30, horário que minha mãe fez o último contato com a gente, no grupo da família. Depois disso mandei mensagem e nada”, conta.
Como não conseguia falar com a mãe, ele foi até o prédio e viu toda a movimentação na portaria, com bombeiros e carros de polícia.
Alice era mãe de três filhos, avó de seis netos e morava em São Cristóvão, na zona norte da cidade. Há três décadas, a diarista veio do nordeste para o Rio em busca de emprego e para reconstruir a vida.
O Metrópoles procurou a família de Martha, dona do apartamento, mas parentes preferiram não comentar sobre o assunto.
Quem são os suspeitos?
Câmeras de segurança do edifício mostram dois homens chegando ao prédio. Eles ficaram por cerca de três horas dentro do apartamento, até a hora que começou o incêndio.
Imagens de câmeras de segurança a que o Metrópoles teve acesso mostram a dupla subindo pelo elevador às 13h34.
Segundo a família de Alice, a suspeita é que esses homens sejam pintores que prestaram serviço para Martha, mas que tentavam extorquir a idosa.
Diogo conversou com a filha da idosa, Leonora, que relatou que a mãe teria sofrido ameaças desses homens pelo menos duas vezes. Em uma delas, eles chegaram a chutar a porta.
Por que a idosa estava sendo ameaçada?
Segundo a família de Alice, a idosa já teria acertado os serviços feitos no apartamento, mas os homens pediam mais dinheiro, o que ela teria negado.
A perícia foi acionada e os agentes iniciaram a investigação no mesmo dia do crime. Os autores do homicídio foram identificados. Um deles acabou preso e o outro está sendo procurado, segundo a Delegacia de Homicídios da Capital.
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