Mulher trans foge de “cura gay’ e vira 1ª a se assumir no TJSP
Família não aceitou identidade de gênero dela e a internou em uma clínica
atualizado
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Após fugir de uma clínica que promove a “cura gay“, a escrevente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) Carla de Santana trabalhou, pela primeira vez, nessa segunda-feira (27/01/2020), como realmente é: mulher trans assumida.
Carla foi às redes sociais para contar a experiência. “Pela primeira vez vou trabalhar como realmente sou. Nem sei o que esperar, mas conto com discernimento e compreensão de meus colegas, tenho fé que será um dia tranquilo e de alegrias”, escreveu.
Junto ao texto, ela publicou uma imagem (foto em destaque) em que aparece sorrindo, com um batom rosa, e óculos escuros. Na camisa, o símbolo do TJSP.
Ao portal G1, ela contou que é a primeira mulher declarada transgênero a trabalhar no tribunal na Baixada Santista.
Ela explicou que, quando começou a entender sobre a identidade de gênero, a família não aceitou bem e decidiu interná-la em uma clínica para “cura gay”, onde ficou por cerca de quatro meses.
Após ser diagnosticada com “distúrbio de personalidade e de gênero”, Carla fugiu da clínica.
Desde então, passou por um processo de aceitação e, nesta semana, ficou mais confiante. “Eu me sinto segura. Todos me veem como mulher hoje. Ontem, me despedi de quem eu era”, contou, à reportagem.