Mulher que socorreu motorista em acidente com Boechat tem doença rara
Leiliane Rafael da Silva sofre com malformação arteriovenosa (MAV). Um neurocirurgião ofereceu a ela cirurgia e acompanhamento médico
atualizado
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Leiliane Rafael da Silva, 28 anos, a mulher que socorreu o motorista do caminhão envolvido na queda do helicóptero que matou o jornalista Ricardo Boechat, sofre de uma doença grave. Depois de ficar conhecida nacionalmente pela força e coragem, ela vai ganhar acompanhamento de um médico.
Diagnosticada há cerca de quatro meses com malformação arteriovenosa (MAV) – enfermidade caracterizada por lesões vasculares causadas pela conexão direta entre as artérias e veias cerebrais –, a jovem chegou a ser desacreditada pelos profissionais de saúde. A MAV provoca convulsões, dores de cabeça e vômitos.
Por essa razão, Leiliane não poderia se submeter a episódios de estresse e de fortes emoções. Mas isso não foi suficiente para impedi-la de ajudar no resgate ao motorista do caminhão. Em imagens feitas pelo próprio marido, ela puxa com força parte da estrutura da carreta para tirar a vítima das ferragens.
Depois do acidente, ocorrido na última segunda-feira (11/2), Leiliane deu entrevista a diversos veículos de comunicação. A história de luta dela veio à tona e um neurocirurgião a procurou. O médico se ofereceu para fazer o tratamento e a cirurgia. Ela vai precisar encontrar um hospital para se submeter ao procedimento.
Ilustração
Leiliane ganhou um outro presente depois de ficar famosa. Foi homenageada por um ilustrador como a heroína Mulher Maravilha. O desenho reproduz as imagens que circularam nas redes sociais. Grata, ela publicou a ilustração.
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Nas redes sociais, Leiliane agradeceu todo o carinho que tem recebido nos últimos dias. Em uma das postagens, ela dispensou o título de heroína. “Não fiz mais do que minha obrigação como ser humano de ajudar o próximo”, disse.
Acidente
A aeronave na qual estava o jornalista Ricardo Boechat fez um pouso de emergência na última segunda-feira (11/2) e foi atingida por um caminhão no Rodoanel, região norte da cidade de São Paulo.
A explosão, segundo o capitão Paiva, da Polícia Militar de São Paulo, foi resultado da colisão após a tentativa de pouso. Além de Boechat, o piloto do helicóptero, Ronaldo Quattrucci, morreu no acidente. O motorista do caminhão ficou ferido.
A morte do âncora da Band News causou comoção no país e no mundo. Políticos, artistas, colegas de profissão e o público em geral lamentaram a partida de Boechat. O anúncio da morte dele foi feito ao vivo na Rádio Band, pela repórter Sheila Magalhães. A emissora interrompeu a programação por algumas horas, pois os colegas disseram que não tinham condições de continuar a transmissão.