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Mulher que fingiu ter leucemia é indiciada por estelionato em Goiás

Mulher admitiu ter arrecadado mais de R$ 30 mil. Ela promoveu vaquinhas com a ajuda de colegas de trabalho para o suposto tratamento

atualizado

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goias camareira fingia leucemia
1 de 1 goias camareira fingia leucemia - Foto: Reprodução

Goiânia – A camareira Débora Barros dos Santos, de 26 anos, que fingiu ter leucemia para aplicar golpes em colegas de trabalho e amigos em Pirenópolis, no interior de Goiás, foi indiciada por estelionato. A jovem chegou a admitir ter arrecadado cerca de R$ 30 mil para pagar o suposto tratamento.

De acordo com o delegado responsável pela investigação do caso, Tibério Cardoso, Débora foi indiciada por estelionato praticado em crime continuado, em razão das diversas vítimas subsequentes. Segundo o investigador, a jovem não tem nenhum laudo que comprove o diagnóstico da doença.

“Ela [Débora] foi indiciada pelo crime de estelionato, na forma de crime continuado, em razão das várias vítimas, no mesmo contexto e circunstâncias de tempo e lugar. Isso configura uma causa de aumento de pena de até 2/3, a ser definida pelo juiz. Nesse sentido, ela pode pegar até 8 anos de reclusão, se condenada, ou talvez até mais, caso o juiz considere no momento da aplicação da pena alguma agravante”, disse o delegado ao Metrópoles.

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Colegas faziam rifas e vaquinhas para conseguir dinheiro
Amigas chegaram a fazer tatuagens em homenagem à Débora
Débora pode ser indiciada por estelionato
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Segundo delegado, mulher usava sangue falso para sensibilizar colegas

Reprodução/Vítima não quis se identificar
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Colegas faziam rifas e vaquinhas para conseguir dinheiro

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Amigas chegaram a fazer tatuagens em homenagem à Débora

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Débora pode ser indiciada por estelionato

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A jovem prestou depoimento na cidade de Pio XII, no Maranhão, local onde ela está desde o fim de janeiro deste ano. Se condenada, Débora pode pegar até 5 anos de prisão e ainda ter a pena aumentada em mais de 3 anos.

As vítimas, majoritariamente, são pessoas que participavam de núcleos de convivência de Débora, como colegas de trabalho que ajudaram nas campanhas para o suposto tratamento. “Só um jardineiro que trabalhava com ela, conseguiu uma doação com vizinhos de R$ 750. Ela também conseguiu doações da família do namorado, de pessoas próximas, familiares, valores individuais que chegavam a R$ 3 mil”, contou o delegado.

Doença falsa

Débora contava aos colegas que fazia o tratamento acompanhada de uma amiga, que ninguém conhecia. Ao Metrópoles, Cardoso disse acreditar que esse personagem também seja uma invenção de Débora, já que ela não consegue dar informações sobre a mulher.

“Ela insiste que uma amiga chamada Letícia a acompanhou durante todo o tratamento, no entanto, alega que perdeu o contato e não sabe do paradeiro dela. Não sabe apontar ninguém que conheça Letícia ou que saiba onde encontrá-la”, diz o investigador.

“Ela [Débora] prestou declarações confusas, alegando que ‘na cabeça dela’ estava doente, com leucemia. Afirmou que passou por tratamento de quimioterapia no hospital Araújo Jorge, referência no tratamento dessa doença em Goiás. Entretanto, o hospital negou que ela tenha sido paciente deles”, disse o delegado.

Ainda conforme Tibério Cardoso, Débora teria dito que usou o dinheiro arrecadado para comprar medicamentos, mas a investigação indicou o contrário. “Ela usava para comprar roupas, perfumes e correlatos”, contou.

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