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Mulher que fingia ter câncer para pedir doações levava “vida de luxo”

Segundo a investigação do caso, Kamilla Morgana usava doações para pagar apartamento de luxo, buffets e procedimentos estéticos

atualizado

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1 de 1 imagem colorida mulher fingia cancer para aplicar golpes e fazer procedimentos esteticos - Metrópoles - Foto: Divulgação/Polícia Civil

Kamilla Morgana, suspeita de fingir câncer terminal e lúpus para aplicar golpes, usava o dinheiro das doações para levar uma “vida de luxo”, segundo o delegado responsável pelo caso, Igomar de Souza Caetano. Presa em Aparecida de Goiânia (GO), em 30 de julho, a mulher usava uma bandana na cabeça para sensibilizar as vítimas.

De acordo com o delegado, Kamilla utilizava o dinheiro para pagar buffets, prestadores de serviço e até artistas plásticos, além de usar o que ganhava em procedimentos estéticos.

“Ela tinha uma vida de gastos, de luxos. Ela alugava até apartamento de alto padrão. Ela usou desse artifício para sensibilizar e emocionar a vítima, que acreditava estar ajudando o próximo, num ato de generosidade. Mas, infelizmente, era tudo mentira”, declarou Igomar ao g1.

A defesa de Kamilla informou que vai se pronunciar sobre o caso apenas judicialmente.

Escola da filha enviou Pix

Kamilla Morgana acabou presa em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana, por estelionato, em 30/7. O caso foi denunciado à corporação por parentes e amigos da mulher, que desconfiaram das doenças que ela dizia ter.

De acordo com a corporação, ela confessou que aplicava os golpes em amigos, parentes e pessoas próximas. Até mesmo a escola da filha dela chegou a arrecadar doações em dinheiro para o suposto tratamento e fez transferências via Pix.

“Ela, inclusive, simulava que estava realizando tratamento quimioterápico, quando, na verdade, realizava procedimentos estéticos e obtinha vantagens indevidas de amigos e pessoas próximas”, detalhou a polícia.

Outro caso

Recentemente, outro caso envolvendo golpe com doações repercutiu no país. Igor Viana e Ana Vitória Santos, pais de uma menina, de 2 anos, com paralisia cerebral, compartilhavam vídeos e fotos da rotina da criança e chegaram a pedir doações para que fosse comprada uma cadeira de rodas. Depois, assumiram usar o dinheiro para comprar carro, adquirir drogas e contratar garotas de programa.

O casal passou a ser investigado após uma série de denúncias alegando que criança não estaria sendo bem-cuidada. Em um primeiro momento, foram encontrados vídeos em que o suspeito estaria constrangendo a menina. Em um dos registros, Igor chama a filha de inútil, após pedir que ela vá ao mercado.

A dupla é investigada pelos crimes de estelionato, desvio de proventos de pessoa deficiente, discriminação de pessoa com deficiência, constrangimento de criança e maus-tratos. Esse caso também ocorreu em Goiás.

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