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Mulher morre em ponto de ônibus e corpo só é recolhido 14 horas depois

Cristiane Gomes aguardava a condução quando teve mal súbito. Reanimada por PMs, conseguiu passar contato da família, mas não resistiu

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1 de 1 corpo caju 2 - Foto: Reprodução/TV Globo

Rio de Janeiro – A auxiliar de limpeza Cristiane Pedro Gomes, de 42 anos, voltava para casa após o dia de trabalho quando passou mal num ponto de ônibus no bairro do Caju, na Zona Portuária, no início da noite de terça-feira (1º/6). Ela chegou a ser reanimada por PMs que a socorreram após o mal súbito, mas não resistiu. O corpo de Cristiane só foi recolhido do local 14 horas depois.

Cristiane aguardava a condução em frente ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) quando, por volta das 18h, começou a ficar sem ar e desmaiou. Passageiros que aguardavam ônibus chamaram os policiais quando a auxiliar de limpeza caiu no chão.

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Após as manobras de reanimação, Cristiane conseguiu passar aos policiais os contatos do marido e de um filho, que, avisados, seguiram imediatamente para o local. Os familiares, no entanto, não chegaram a tempo: ela teve uma parada cardiorrespiratória e morreu antes da chegada dos parentes.

Marido de Cristiane, que era hipertensa, Alexandre Graciano contou que uma equipe do Samu esteve no local, atestou e forneceu a declaração do óbito, mas não removeu o corpo. Alexandre também tentou contato com o Instituto Médico-Legal (IML), que fica a 2 quilômetros do local, mas não teve resposta.

Ao Bom Dia Rio, Alexandre descreveu as dificuldades que vem enfrentando para solucionar os entraves para a remoção do corpo, que segue sendo velado por ele no ponto de ônibus desde a noite de terça-feira (1/6).

“A luta é essa aí, para remover o corpo. A Polícia Civil disse que era com a Defesa Civil ou com o Samu. O Samu pedia que entrasse em contato com a Defesa Civil. Liguei para lá mais de cinco vezes, e eles empurravam de novo para o Samu. Nesse ‘fica empurrando’, estou até agora sem resolver as coisas”, contou Alexandre.

Depois de todo o tempo em que ficou no local, enrolado em sacos de lixo azuis, o corpo de Cristiane foi recolhido para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mesmo com o óbito já declarado pelos Bombeiros. A direção do Hospital Souza Aguiar ainda não se manifestou sobre o caso e sobre como será a liberação do corpo.

Procurada pelo Metrópoles, a Defesa Civil e o Governo do Estado ainda não retornaram explicando o motivo de o corpo não ter sido levado para o Instituto Médico-Legal, local adequado para os casos de mortes súbitas, o que caracteriza óbito suspeito, com necessidade de exame pericial.

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