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Mulher é presa ao fingir ser mãe de recém-nascido em hospital de Minas

A suspeita afirmou à polícia que havia combinado com o marido e a amante dele — mãe biológica da criança — que ficaria com o bebê

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Marcello Casal/Agência Brasil
Hérnia ou hidrocele? Saiba diferenciar quadros em bebês
1 de 1 Hérnia ou hidrocele? Saiba diferenciar quadros em bebês - Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Uma mulher de 33 anos foi presa em flagrante quando tentava sair com um recém-nascido de um hospital em Montes Claros (MG). Ela dizia ser mãe da criança, mas a farsa foi descoberta pela equipe de enfermagem do hospital antes de levar o bebê.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o recém-nascido teve de ficar hospitalizado após o parto, mas na hora de buscar o bebê outra mulher apareceu, dizendo ser a mãe da criança.

O crime foi descoberto quando a médica, já desconfiada da falsa identidade da mulher, pediu para examiná-la e constatou que não havia cicatriz de uma cesariana, parto que a mãe verdadeira do bebê havia feito.

A Polícia Militar foi chamada e a suspeita confessou que não era a mãe do recém-nascido, mas havia combinado com o marido e a amante dele — mãe biológica da criança — que ficaria com o bebê.

Segundo a mulher, o casal teria custeado a ida da mãe do bebê de Manaus para Montes Claros, e combinado o retorno dela após dar à luz. Além disso, a mulher revelou que a mãe do bebê teria dado entrada no hospital usando os documentos dela porque não tinha intenção de registrar a criança e afirmou sofrer de esquizofrenia.

Crime inusitado

Ao UOL, o delegado da Polícia Civil Jurandir Rodrigues afirmou não se tratar de um crime corriqueiro. “A prática de adoção ilegal é muito comum, mas este é um crime inusitado pelo fato de abranger também outras condutas criminosas como, por exemplo, a falsidade ideológica”, explica o delegado.

O delegado ainda afirmou que a mulher foi levada para o presídio de Itacambira e poderá responder por parto suposto. A pena prevista é de 2 a 6 anos de reclusão.

A Polícia Civil tem 10 dias para concluir o inquérito e pretende ouvir ainda o marido da suspeita, a mãe biológica do recém-nascido, além da equipe hospitalar que atendeu as envolvidas. O bebê está sob os cuidados do Conselho Tutelar.

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