Mulher é internada em estado grave com “doença da urina preta” em GO
Moradora de Goianésia passou mal após comer peixe e está internada em estado grave em hospital da capital. Prefeitura local faz rastreamento
atualizado
Compartilhar notícia
Goiânia – Uma moradora de Goianésia, região central de Goiás, está internada em estado grave devido a complicações da doença de Haff, também conhecida como “doença ou síndrome da urina preta”, causada pela ingestão de peixe contaminado.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Goianésia, a mulher começou a se sentir mal menos de 24 horas a ingerir peixe – provavelmente contaminado. O fato se deu em 24 de junho. A princípio, ela foi internada na própria cidade, mas precisou ser transferida para a capital.
Exame realizado em uma unidade de saúde em Goiânia confirmou a contaminação por “doença da urina preta”. Segundo divulgou a SMS de Goianésia, que monitora o caso de perto, a paciente encontra-se em estado grave, mas tem reagido bem ao tratamento.
Preocupada com a ocorrência do fato na cidade, a Prefeitura de Goianésia está investigando a ocorrência de outros episódios no município. Até agora, no entanto, ainda não foram identificados novos casos.
Monitoramento
A SMS emitiu um alerta epidemiológico às unidades de saúde pública e particulares de Goianésia a respeito da “doença da urina preta”. Ela solicita que os hospitais comuniquem imediatamente a entrada de pacientes com sintomas como dores musculares fortes, urina escura, dormência e perda de força, que estejam relacionados à ingestão de peixes.
Veja o alerta:
Síndrome de Haff
A doença de Haff está associada à ingestão de crustáceos e pescados e o principal sintoma é o escurecimento da urina, que chega a ficar da cor de café. A síndrome pode evoluir rapidamente: os primeiros sintomas surgem entre 2 e 24 horas após o consumo de peixe, e causa, principalmente, a ruptura das células musculares.
Além da urina preta, entre os principais sinais da doença, estão a dor e rigidez muscular, dormência, perda de força e falta de ar.
A hipótese mais aceita é que a enfermidade seja causada por alguma toxina biológica termoestável (ou seja, que não é destruída pelo processo normal de cozedura) presente em peixes de água doce e crustáceos.
A substância não altera o sabor ou a cor do alimento, o que facilita a contaminação. Alguns frutos do mar que foram consumidos por pacientes diagnosticados com a síndrome incluem espécies como o tambaqui, pacu-manteiga, pirapitinga e lagostim.
É importante que a doença seja identificada e tratada rapidamente, pois pode trazer complicações graves para o paciente, como insuficiência renal, falência múltipla de órgãos e óbito.