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Mulher de Silveira sobre auxílio: “Cancelar era bem complicadinho”

Em vídeo, Paola Silveira disse que, quando começou a trabalhar, supôs que auxílio emergencial seria cancelado automaticamente

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Paola Daniel e o marido, o deputado Daniel Silveira
1 de 1 Paola Daniel e o marido, o deputado Daniel Silveira - Foto: Reprodução/Facebook

Paola Daniel, mulher do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), compartilhou, com um grupo de amigos, um vídeo no qual fala sobre o recebimento do auxílio emergencial indevidamente. A advogada contou que solicitou o benefício quando não morava com o parlamentar, nem trabalhava. Explicou que, quando foi nomeada, pensou em solicitar a suspensão do auxílio, no entanto, considerou o processo muito burocrático: “Cancelar era bem complicadinho”.

Paola Daniel recebeu parcelas do auxílio emergencial enquanto tinha um cargo no Ministério do Meio Ambiente, como coordenadora de Gestão de Pessoas no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

A nomeação dela foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em outubro de 2020, com salário de R$ 5,6 mil mensais. No período em que exerceu o cargo, a advogada ganhou quatro parcelas do auxílio emergencial. Os dados estão no sistema de pagamentos da Caixa Econômica Federal: sete parcelas foram recebidas e quatro pagas, um total de R$ 1.800.

“Descobriram que recebi o auxílio emergencial. Então, veio aquele alvoroço. Realmente, solicitei o auxílio emergencial, mas isso foi assim que saiu, lá no início. Naquela época, eu não morava com o Daniel. Não sou dependente dele. Eu tenho a minha independência financeira, mas, assim como muitos brasileiros, enfrentei dificuldades na minha área. Preenchi todos os requisitos para solicitar o benefício. Um tempo depois de solicitar o benefício, soube que seria nomeada. Comecei a pesquisar sobre o cancelamento do auxílio. Pesquisei e vi que o cancelamento era muito burocrático e, isso, se possível. Era bem complicadinho”, disse a advogada.

Ainda no vídeo, Paola declarou que, após o primeiro pagamento ocupando o novo cargo, achava que o auxílio emergencial seria cancelado de maneira automática. “Para a minha surpresa, em novembro eu recebi uma parcela. Fiquei até em dúvida. Falei: ‘Poxa, será que faço jus ou não?’ Até porque, como minha nomeação foi só 20 de outubro, de repente tenho direito à parcela de novembro. Vou pesquisar direitinho para saber se tenho que devolver”.

A advogada afirmou que teria perguntado a alguém sobre a legalidade dos pagamentos. E essa pessoa teria dito a ela: “Fica tranquila, se você recebeu a última parcela é porque você tem direito. Senão, o governo já teria cortado o seu benefício”.

“Tive essa informação e fiquei tranquila”, completou.

Ela informou aos amigos que realizaria a devolução: “Já imprimi a guia. Hoje, o sistema é muito mais fácil do que antes. Não sou mau-caráter nem tiro dinheiro de quem precisa”, finalizou.

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