Mulher de preso por fezes em ato de Lula: “Pegou todos de surpresa”
André Stefano Dimitriu Alves de Brito, de 55 anos, jogou explosivo com fezes e urina dentro de garrafa durante ato do ex-presidente no RJ
atualizado
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Rio de Janeiro- A família do aposentado André Stefano Dimitriu Alves de Brito, de 55 anos, ficou surpresa quando recebeu a notícia de que ele estaria preso por jogar um artefato explosivo com fezes e urina em ato do ex-presidente Lula, na noite de quinta-feira (7/7), na Cinelândia, centro do Rio.
A esposa de André, identificada apenas como Lorena, disse ao Metrópoles nesta sexta-feira (08/07) que não sabia de nada e que em momento algum o marido mencionou o plano de jogar um explosivo no ato:
“Ele sempre foi muito tranquilo, ninguém esperava isso, pegou todo mundo de surpresa. Ele não é nem Lula e nem Bolsonaro. Ele é de centro”, disse Lorena, casada com André há 12 anos.
O acusado estava infiltrado no meio da multidão, com adesivos do PT colados em sua roupa. Um deles, dizia: “Lula, Freixo, André & eu”.
Segundo a Polícia Civil, agentes da PM que acompanhavam o evento relataram que André Stefano chegou correndo, informando aos policiais que estava sendo perseguido por populares.
Logo em seguida, testemunhas disseram que o homem havia jogado um artefato que explodiu no meio do comício. Para proteger a integridade física do acusado, os agentes encaminharam os envolvidos à 5ª DP, Mem de Sá, região central da cidade.
Segundo a Polícia Civil, testemunhas ouvidas foram categóricas ao afirmar que o responsável pelo explosivo seria André. O objeto foi feito de garrafa pet e tinha um pavio, artefato usado em festas juninas.
Em seguida, as testemunhas presenciaram André acender o pavio e arremessar a garrafa por cima da divisória metálica no local, em direção às pessoas presentes no evento. Logo em seguida houve a explosão.
Testemunhas disseram na delegacia que viram André, em seguida, correndo em direção aos policiais militares e o seguiram para contar o ocorrido.
Corretor de imóveis aposentado, André Stefano foi preso em flagrante e será encaminhado à audiência de custódia na tarde de sábado. Ele responde pela prática do crime de explosão, previsto no artigo 251 do Código Penal.
Aos agentes, de maneira informal, o acusado disse que não possuiria inclinação política ou ideológica e que teria jogado o explosivo como forma de protesto devido a uma polarização ideológica que prejudicaria o futuro do país.
O delegado Gustavo de Mello, titular da 5ª DP, investiga o caso. O explosivo foi apreendido e passará por perícia para constatação da sua composição, que segundo seguranças do evento, seria fezes e urina.
A perícia do local foi realizada e imagens de câmeras de segurança já foram requisitadas. Já o celular de André foi apreendido, sendo requerida a quebra do sigilo de seus dados, para esclarecimento de todas as circunstâncias do crime e uma eventual participação de terceiros.
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