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Mulher de preso pela PF recebe R$ 22,8 mil de pensão do Exército

Ailton Barros foi preso pela PF em operação que apura fraudes em cartões de vacina. Esposa recebe pensão desde 2008

atualizado

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Jair Bolsonaro e Ailton Borges
1 de 1 Jair Bolsonaro e Ailton Borges - Foto: Reprodução

Dados do Portal da Transparência apontam que Marinalva Barros, esposa do ex-major do Exército Ailton Barros, preso pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (4/5), recebe pensão militar de R$ 22,8 mil.

Ailton foi detido na Operação Venire, que investiga suposto esquema de fraudes em dados do Ministério da Saúde para adulterar informações de cartões de vacina contra a Covid-19. Entre os supostos beneficiados pelo esquema está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a página do governo federal, Marinalva recebe o benefício como viúva. Isso ocorre porque Ailton foi expulso da corporação. De acordo com o Exército, os sistemas de informática da autarquia o registram como “morto” por questões burocráticas.

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Homens da Polícia Federal
Movimentação na frente da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro
Operação da PF
Movimentação na rua do ex-presidente Jair Bolsonaro
Operação da PF tem como alvo adulteração em cartões de vacina da Covid-19
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Homens da Polícia Federal na operação que apreendeu celular de Bolsonaro em maio

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Agentes da PF na casa de Bolsonaro

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Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa de Bolsonaro

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Polícia Federal, nesta quarta-feira, faz busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro após prisão de seu ex-ajudante Mauro Cid

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Advogado de Bolsonaro chega ao Solar de Brasília II para acompanhar a busca e apreensão na casa do ex-presidente

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Bolsonaro é investigado na Operação Venire, que investiga associação criminosa acusada de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19

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A PF também prendeu, nesta quarta-feira (3/5), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

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Em 2006, o Superior Tribunal Militar (STM) expulsou Ailton Barros do Exército, por unanimidade. A lista de transgressões às regras militares foi longa e incluiu uma acusação contra o então capitão por atropelar de propósito um soldado do Exército em 1999, como mostrou a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

Na decisão do STM, há uma menção a um suposto abuso sexual de Barros contra uma mulher em um acampamento militar em Natal (RN). Esse crime não foi analisado por questões processuais.

De acordo com o Portal da Transparência, a “viúva” de Ailton, Marinalva Leite da Silva Barros, recebe a pensão desde 2008. O último registro do portal aponta que, em fevereiro deste ano, a remuneração bruta era de R$ 22,8 mil.

Com descontos como o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRPF) e o fundo de saúde, o valor após deduções foi de R$ 14,9 mil. Em novembro de 2022, ela chegou a receber R$ 11 mil a mais devido à gratificação natalina. Veja:

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Operação Venire

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.

Ao menos dois ajudantes de ordem e seguranças do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram presos. Um deles é o ex-policial Max Guilherme, ex-assessor especial de Bolsonaro.

Segundo a PF, as inserções falsas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

Em investigações, agentes da PF descobriram mensagens em que Ailton Barros diz saber quem é o mandante da execução da vereadora Marielle Franco.

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