Mulher de bombeiro que matou ciclista atropelado diz sofrer violência doméstica
A mulher também disse à polícia do RJ que o marido é o responsável por ela estar paraplégica. A lesão teria ocorrido em outro acidente
atualizado
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A esposa do capitão do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro João Maurício Correia Passos, responsável pela morte do taxista Cláudio Leite da Silva, no Rio de Janeiro, declarou que o marido é o culpado por ela estar paraplégica. Em 5 de janeiro, a mulher afirmou à polícia que Passos estava dirigindo embriagado quando o casal sofreu um acidente que provocou a paralisia. A informação foi confirmada à Globo News.
A mulher, que preferiu não fornecer o nome aos veículos de imprensa, contou que está casada com João Maurício Correia há 14 anos. Ela disse ainda que o casal tem dois filhos e que a a violência doméstica – física e verbal – por parte do marido ocorre com frequência.
Após o acidente que a deixou paraplégica, a vítima relata que sofre ainda mais torturas psicológicas e que o marido insiste em proferir insultos e discursos de ódio, como a insinuação de que ela “deveria se matar, já que está em uma cadeira de rodas e não serve para nada”.
O delegado Alan Luxardo, da 42ª Delegacia de Polícia, do Recreio dos Bandeirantes, afirmou, nesta tarde, que o homem já tinha passagens pela polícia por lesão corporal e pela Lei Maria da Penha.
Atropelamento
João Maurício Correia Passos foi detido nesta segunda-feira (11/1) por atropelar e causar a morte do taxista Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, na região do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. O homem foi indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.
De acordo com o departamento de Polícia responsável pelo caso, o autor do crime estava embriagado, além de não ter prestado socorro à vítima. O capitão do Corpo de Bombeiros foi preso próximo ao local do acidente, duas horas após o ato. Caso condenado, João Maurício Correia poderá cumprir até 23 anos de prisão.