Mulher de 21 anos sai para entrevista de emprego e é encontrada morta
Camille Vitória Monteiro teria sido procurada por um colega de trabalho para executar um serviço. Corpo foi encontrado na Baixada Fluminense
atualizado
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Depois de 10 dias de mistério em torno do paradeiro da jovem Camille Vitória Monteiro, de 21 anos, que estava desaparecida desde o dia 5 de julho no Rio de Janeiro, a família recebeu a triste notícia. O corpo dela foi encontrado nessa segunda-feira (15/7), em um local perto do Rio Magé, na Baixada Fluminense.
Camille havia saído de casa em Anchieta, na Zona Norte do Rio, para um entrevista de emprego no Centro da cidade. Depois disso, amigos e familiares perderam o contato com a jovem, acionaram a polícia e começaram a procura. A esperança, até então, era de que ela fosse encontrada com vida.
O desaparecimento era investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Dois homens são considerados suspeitos pela morte da jovem e foram alvos de pedido de prisão, mas a Justiça não atendeu a solicitação da investigação. Eles são o zelador do clube onde Camille trabalhava como faxineira e um ex-policial militar.
Tirar fotos de suposta traição
O ex-policial chegou a ser detido e levado para a delegacia, mas foi liberado após o interrogatório. Foi ele quem apontou o local onde o corpo da vítima estava. Já o zelador teria sido o intermediador da suposta entrevista de emprego entre Camille e o outro suspeito.
No depoimento, o funcionário do clube disse à polícia que havia sido contratado pelo ex-policial para arranjar uma “mulher jovem e malandra para tirar fotos e vídeos da esposa de um homem que estaria sendo traído”.
O tal homem traído, segundo o zelador, seria proprietário de cinco postos de gasolina, teria um amplo poder aquisitivo e tem cerca de 70 anos. A mulher que supostamente o traía é uma moça de 24 anos. O suspeito disse à polícia que pensou em Camille para executar o trabalho, pois sabia que ela aceitaria a tarefa, por causa do dinheiro.
Local do encontro: “Deu ruim!”
O zelador relatou, ainda, que levou a jovem para se encontrar com o ex-policial na estação Central do Brasil, dias antes do sumiço dela. O serviço, segundo ele, seria executado por ela em Nova Campinas, em Duque de Caxias, e estava agendado para o dia 5 de julho. Após isso, de acordo com o suspeito, ele não manteve mais contato nem com Camille, nem com o ex-policial.
No interrogatório, o zelador disse que, na madrugada do mesmo dia, o ex-policial ligou para ele, dizendo o seguinte: “Deu ruim! Fui buscar a menina e ela não estava lá! Desliga o telefone e quebra o chip”.
O ex-policial foi questionado sobre o que teria ocorrido e apresentou uma outra versão. Ele relatou que, durante o trajeto para Duque de Caxias, teria se assustado e decidido deixar o carro onde estavam ele, Camille e mais dois homens. Após sair do veículo, ele viu os tais homens desembarcarem e agredir a jovem, mas preferiu abandonar o local.
O corpo da vítima foi encontrado na mesma região onde ele mencionou. Camille deixa três filhos pequenos. O último contato dela com a família foi no dia 5 de julho, quando enviou mensagens para uma tia, dizendo que tinha encontrado uma amiga e precisava resolver uma questão em Campo Grande, na Zona Oeste. Depois disso, o telefone dela foi desligado.
O caso segue em investigação pela polícia do Rio.