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Mulher atropelada em bloqueio bolsonarista teve afundamento de nuca

Eunice Pereira dos Santos permanece internada gravemente em hospital de Rondônia; motorista está preso por tentativa de homicídio

atualizado

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caminhão atropelamento
1 de 1 caminhão atropelamento - Foto: Reprodução

São Paulo – Uma mulher atropelada por um caminhão, que acelerou sobre um grupo de manifestantes bolsonaristas, na noite de quarta-feira (30/11), sofreu afundamento na nuca, além de cortes na cabeça, de acordo com a polícia. O caso ocorreu na BR-364, na região de Cacoal, que fica a cerca de 480 quilômetros de distância de Porto Velho, capital de Rondônia.

Por telefone, a Polícia Militar da cidade afirmou ao Metrópoles, na manhã desta quinta-feira (1º/12) que a mulher foi encaminhada em estado grave ao Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (Heuro), onde permanece internada. O estado de saúde dela não havia sido atualizado, pela unidade de saúde, até a publicação desta reportagem.

Agentes que atenderam ao caso relataram, à Polícia Civil, que o caminhoneiro Danilo Rodrigues de Freitas conduzia um caminhão Volvo, com placas do Paraná, quando discutiu com manifestantes, na altura do km 234, da BR-364.

A mesma via, na altura do km 515, região de Ariquemes, também estava bloqueada por manifestantes, que questionam os resultados das eleições presidenciais, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Após a discussão, Freitas arrancou bruscamente com o veículo. A ação foi registrada em vídeo.

Pedradas e tiros

Enquanto circunda o grupo, o veículo é atingido por pedradas, jogadas pelos acampados, e dois tiros são disparados. No local, de acordo com a polícia, foram apreendidos duas cápsulas deflagradas de pistola calibre 9 milímetros. O autor dos disparos não foi identificado.

Instantes depois, o caminhão avança, derrubando tendas, colidindo contra veículos, até atingir Eunice Pereira dos Santos, que fica caída inconsciente no chão.

Algumas das testemunhas chegam a afirmar que ela está morta, informação desmentida após ela ser socorrida por bombeiros.

Por causa do risco de Freitas ser linchado, pelos apoiadores de atos antidemocráticos, o caso foi registrado na cidade de Pimenta Bueno, a cerca de 45 quilômetros de distância de Cacoal.

Procurado por telefone, o advogado Ademir Miranda dos Santos, que defende o caminhoneiro, afirmou que ainda avalia o caso. Por meio de uma nota, encaminhada na tarde desta quinta, ele disse que seu cliente está “a inteira disposição da Justiça.”

“Preliminarmente, a defesa não entrará a fundo no mérito e referente aos fatos ocorridos, Danilo lamenta profundamente no que diz respeito à integridade física da vitima”, diz trecho do posicionamento.

O defensor diz ainda que “destoam da verdade” os “fatos amplamente divulgados”, sem especificá-los, acrescentando que dará maiores esclarecimentos “após total conhecimento” sobre eles.

Freitas foi preso em flagrante, por tentativa de homicídio, e seria submetido a uma audiência de custódia, ainda nesta quinta-feira (1º/11).

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