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Mulher agredida a socos na BA: “Minha culpa foi pensar que ele mudaria”

Nas redes sociais, Franciele Azevedo, de 26 anos, contou que vivia um relacionamento abusivo com Carlos Freitas, de 33, que está foragido

atualizado

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1 de 1 agressão - Foto: Reprodução

A mulher agredida por um homem com vários socos, em Ilhéus, no sul da Bahia, falou pela primeira vez sobre o ocorrido. Nas redes sociais, Franciele Azevedo, de 26 anos, contou que vivia em um relacionamento abusivo com Carlos Samuel Freitas e que ele a agrediu várias vezes.

Em imagens que circulam na internet é possível ver o momento em que Carlos desfere socos no rosto de Franciele. O caso gerou revolta.

O homem, que tem 33 anos, teve a prisão preventiva decretada e é considerado foragido. A polícia segue com as buscas.

“A culpa sempre era minha”

Na publicação, Franciele contou que demorou para se manifestar porque sempre acreditou que ele mudaria. Mas, segundo ela, as agressões não pararam de ocorrer. “Depois de todas as vezes que me agredia, me pedia desculpas e falava que não lembrava o que tinha feito, mas no final a culpa era sempre minha”, escreveu.

A mulher relatou que tem dificuldade para falar sobre as agressões, que deixaram dores físicas e emocionais, por medo de ser julgada.

“Não é fácil para mim vir aqui falar sobre esse assunto, onde várias pessoas me julgam, como se eu merecesse e sempre me culpando pelas as agressões. Minha única culpa foi pensar que um dia ele mudaria, mas não mudou. Onde sofri pressões psicológicas, sigo hoje cheia de problemas e dores que essas agressões me causaram”, finalizou.

Agressões

O vídeo que viralizou nessa quarta-feira (14/10), em redes sociais, mostra Carlos Samuel, de camisa regata, desferindo vários socos contra a mulher. Antes de ser agredida, a vítima disse ao homem “que acabou” e pediu para ele ir embora. Após a espancar ao ponto de ela cair no chão, ele sai andando.

Veja o vídeo:

Além da agressão contra Franciele, Carlos Samuel já foi denunciado em 2015 pelo Ministério Público por crimes de violência doméstica, ameaça e cárcere privado cometidos contra outra mulher. Ele foi condenado pela Justiça em primeira instância.

Ainda de acordo com o MP, após recurso impetrado pela defesa de Carlos Samuel, a condenação quanto ao crime de cárcere privado foi mantida, em agosto, pelo Tribunal de Justiça da Bahia, que reconheceu a prescrição referente aos crimes de violência doméstica e ameaça.

Ele também foi investigado pela Polícia Civil de Ilhéus após suspeita de extorquir a própria mãe, em 2017. No entanto, o inquérito não teve andamento porque a mãe de Carlos, segundo a polícia, não quis levar o caso adiante.

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