Mudança de instância no caso das “rachadinhas” pode tirar Queiroz da cadeia
Defesa de Flávio Bolsonaro conseguiu tirar das mãos do juiz Flávio Itabaiana a condução do caso em julgamento ocorrido na quinta
atualizado
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O envio das investigações para um foro especial dentro da segunda instância no inquérito que apura um esquema de “rachadinhas” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, na época em que ocupou cargo de deputado estadual, pode retirar Fabrício Queiroz, seu ex-assessor, da cadeia. A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) retirou a competência do juiz Flávio Itabaiana na condução do caso.
Itabaiana ordenou, desde 2019, a quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro e de outras 103 pessoas e empresas. Também é do juiz a decisão que resultou na prisão de Fabrício Queiroz e da esposa dele, Márcia de Oliveira Aguiar, essa última ainda foragida.
A defesa do senador entrou com pedido, em março deste ano, para que o caso fosse analisado em foro especial da segunda instância, devido à prerrogativa do cargo que ocupava à época.
Os desembargadores do TJRJ atenderam ao pedido de Flávio e mandaram a ação para uma corte especial. Por enquanto, as decisões e Itabaiana continuam válidas, mas a defesa do senador tenta anulá-las. Com isso, todas as ações seriam suspensas, incluindo a prisão de Queiroz e o mandado de prisão contra a mulher do ex-assessor.
Queiroz está preso em Bangu 8 desde 18 de junho, cumprindo o período de isolamento devido à Covid-19. Ele foi encontrado em uma casa do advogado Frederick Wassef em Atibaia, onde havia uma placa indicando que ali funcionaria um escritório de advogacia.