Múcio defende Forças Armadas sobre caso do hacker: “É péssimo suspeitar de todo mundo”
O ministro José Múcio afirmou que pretende individualizar a conduta dos militares que se encontraram com o hacker Walter Delgatti
atualizado
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O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que pretende individualizar a conduta dos militares que se encontraram com o hacker Walter Delgatti, para, assim, puni-los. Em entrevista à GloboNews, ele condenou a responsabilização generalizada às Forças Armadas. “É péssimo suspeitar de todo mundo. Achar que todo mundo cometeu um crime ou um deslize”, disse.
“É importantíssimo para as forças armadas que essas coisas sejam esclarecidas. A sociedade precisa dessa satisfação e as Forças Armadas precisam sair do nível de suspeição”, disse Múcio, na saída do Ministério da Defesa, nesta quarta-feira (23/8).
“Precisa saber o que cada um fez (…) Não basta só os nomes. Você tem que ter os nomes, identificar o que foi conversado para você estabelecer as punições”, disse Múcio à GloboNews.
Mais cedo, como mostrou a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, a Polícia Federal (PF) negou o pedido de Múcio para fornecer informações sobre o depoimento do hacker. O objetivo de Múcio era ter detalhes dos encontros que Delgatti disse que teve no Ministério da Defesa.
A Polícia Federal disse ao Ministério da Defesa que Delgatti foi ouvido em um inquérito policial sigiloso e, por isso, qualquer pedido de informações deve ser encaminhado ao relator do caso no STF, Alexandre de Moraes. O ministro da Defesa disse que encaminhou a demanda ao ministro.
Ainda na tarde desta quarta (23/8), Múcio se encontrará com Andrei Passos, diretor-geral da PF. Segundo o chefe da Defesa, o objetivo do encontro, segundo o ministro, seria para convidá-lo para as comemorações do Dia do Soldado, em 25 de agosto, e estreitar os laços.