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MTST se junta a grupo pró-Maduro e ocupa embaixada venezuelana

Mais cedo, local foi ocupado por grupo de manifestantes favoráveis a Juan Guaidó, presidente autoproclamado do país

atualizado

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O Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) juntou-se nesta quarta-feira (13/11/2019) a grupos de esquerda brasileiros, que estão no prédio da Embaixada da Venezuela em Brasília, e que apoiam o presidente venezuelano Nicolás Maduro.

Mais cedo, o local foi ocupado por um grupo de manifestantes favoráveis a Juan Guaidó, o presidente autoproclamado do país.

A deputada Ekika Kokay (PT-DF) compartilhou um vídeo do grupo favorável ao governo de Maduro chegando no local. A parlamentar não estava presente.

Veja abaixo:

Em nota, o Palácio de Planalto classificou como “invasão” a entrada de apoiadores Juan Guiadó na embaixada da Venezuela e negou ter tido conhecimento prévio ou apoiado o movimento de funcionários da representação diplomática.

Segundo o governo brasileiro, as providências estão sendo tomadas no sentido de que a situação se resolva de forma pacífica e para que tudo retorne à normalidade.

“Diante dos fatos desagradáveis que estão acontecendo na Embaixada da Venezuela, em Brasília, esclarecemos o seguinte: – como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade; – o Presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela, por partidários do Sr. Juan Guaidó; – as forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade”, destaca nota divulgada pelo Gabinete de Segurança Institucional do Palácio do Planalto.

Filho do presidente apoia invasores
Apesar do discurso oficial, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), líder do partido na Câmara e filho do presidente da República, apoiou em postagem no Twitter os partidários de Guaidó.

“Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela, por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece, agora está sendo feito o certo, o justo”, escreveu.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, esteve reunido mais cedo com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) para tratar da ocupação ocorrida nesta quarta-feira.

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De acordo com o Itamaraty, a primeira preocupação é garantir a integridade física de todas as pessoas que estão dentro da embaixada, independentemente de serem aliadas do presidente autodeclarado Juan Guaidó ou de Nicolás Maduro.

Essa é a orientação passada ao Batalhão Rio Branco, uma unidade da Polícia Militar do Distrito Federal destinada a fazer a segurança das representações diplomáticas sediadas na capital. Policiais estão neste momento dentro da embaixada em um trabalho de mediação para que não haja agressões ou ataques a integridade dos representantes da Venezuela.

O que aconteceu até agora
O grupo de apoiadores que reconhece Juan Guaidó como presidente interino do país sul-americano entrou no local, na 803 Sul, de madrugada, no momento em que pessoas ainda dormiam.

A PM foi acionada e, quando chegou à embaixada, cerca de 30 pessoas já estavam do lado de fora em apoio ao corpo diplomático. Houve troca de agressão entre os manifestantes. Eles derrubaram o portão e parte conseguiu entrar. A PM usou spray de pimenta para conter os ânimos.

Por volta do meio dia desta quarta o número de manifestantes já chegava perto de 100.

“Estamos aqui para dar proteção ao corpo diplomático. É uma vergonha. Isso nunca aconteceu no Brasil. Um horror. Estão desobedecendo a ordem do chefe da diplomacia aqui”, disse a advogada Graça Pacheco, que se diz solidária ao corpo diplomático fiel a Maduro.

“Não sabemos como eles [grupo pró-Guaidó] entraram aqui pela porta de acesso e saída da embaixada. Tem um veículo que não sabemos de quem é e está dentro do território venezuelano de forma ilegal. Estamos sofrendo uma invasão. O que está acontecendo é muito grave”, contou o encarregado de negócios Freddy Flores Meregotti.

A confusão começou após um grupo de pessoas ligadas à embaixadora Maria Teresa Belandria, nomeada por Guaidó e reconhecida pelo Brasil, ocupar o local e tentar tirar funcionários lá de dentro. Pela manhã, chegou o grupo do embaixador que está ativo e tentou colocar os invasores para fora.

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