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MST ocupa fazendas de ex-presidente da CBF e amigo de Temer

O ato tem objetivo de ocupar fazendas por todo o Brasil que seriam ligadas a processos de corrupção ou a proprietários investigados

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JUAN GUERRA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Ricardo Teixeira
1 de 1 Ricardo Teixeira - Foto: JUAN GUERRA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Mais de 300 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a fazenda Santa Rosa, no município de Piraí, região sul fluminense. A propriedade pertenceria ao ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira. O MST informou também que ocupa fazenda do Grupo Amaggi, pertencente à família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, localizada às margens da BR-163, no município de Rondonópolis (MT).

O MST também invadiu a fazenda Esmeralda, em Duartina (SP), registrada como sede da empresa Argeplan (Arquitetura e Engenharia Ltda), do empresário João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer (PMDB).

As terras, que levam o nome da antiga estação ferroviária, chamada Esmeralda, tem 1.500 hectares. Esta é a segunda vez que o movimento ocupa a Fazenda Esmeralda. Na primeira ocupação foram encontradas cartas endereçadas a Temer e materiais de sua campanha à Deputado Federal de 2006.

Conforme o MST, Temer e João Batista Lima Filho, o Coronel Lima, se conheceram nos anos 80, quando o peemedebista ocupava a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e Lima trabalhava na Assistência Militar da pasta.

Na fazenda Santa Rosa, que seria de propriedade de Ricardo Teixeira, cerca de 300 famílias participaram da ação. O ex-dirigente é investigado por um esquema de corrupção envolvendo a realização de jogos de futebol.

A informação sobre a ocupação foi divulgada pelo próprio MST. Segundo o movimento, a fazenda de Teixeira tem mais de 1,5 mil hectares de extensão.

O ato integra a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, organizada pelo MST, em que trabalhadores rurais têm objetivo de ocupar fazendas por todo o Brasil que seriam ligadas a processos de corrupção ou a proprietários investigados. O movimento pede que as propriedades sejam destinadas a assentamentos de famílias sem terra, com o lema “Corruptos, devolvam nossas terras!”.

O integrante da coordenação nacional do MST, Alexandre Conceição, afirma em comunicado que “estamos lutando pela desapropriação de terras para assentar mais de 130 mil famílias e nela produzir alimento saudável na agroecologia e gerar empregos no campo”.

Desvios
Teixeira é investigado por um esquema de corrupção envolvendo a realização de jogos de futebol. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (24/7) que seja encaminhada ao Brasil a investigação conduzida por autoridades espanholas sobre o cartola. Ele é acusado de ser o principal responsável por um esquema de desvio de dinheiro de jogos da Seleção Brasileira.

Acordos secretos permitiram que a renda dos jogos da Seleção fosse desviada para uma empresa em nome de Sandro Rosell, aliado de Teixeira e ex-presidente do Barcelona. No mês passado, o cartola espanhol foi preso e a Justiça de seu país apontou que parte do dinheiro que ia para sua empresa, a Uptrend, terminava com o ex-dirigente brasileiro.

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