MST deixa outra fazenda de empresa Suzano na Bahia; uma segue ocupada
MST deixou duas das três fazendas da Suzano ocupadas pelo movimento sem-teto em protesto contra a monocultura de eucalipto
atualizado
Compartilhar notícia
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deixou, nesta terça-feira (7/3), duas das três fazendas da empresa Suzano Papel e Celulose ocupadas no município de Mucuri (BA). As terras eram usadas como acampamento por militantes do movimento social deste a última terça-feira (27/2).
A primeira fazenda havia sido desocupada na manhã desta terça-feira, por volta das 8h. A desocupação ocorre após a Justiça determinar a saída dos militantes. Em caso de descumprimento, a sentença previa multa diária de R$ 5 mil.
Segundo o MST, a reintegração aconteceu de forma pacífica e foi acompanhada pela assistência social, Polícia Militar da Bahia e por seguranças da empresa.
As famílias de sem terra seguiram para acampamentos vizinhos após a desocupação. O movimento social alega que ocupou as áreas como forma de protesto contra a monocultura do eucalipto e que aguarda a reunião entre o MST, a empresa e o governo federal, prevista para esta quarta-feira, às 14h.
MST deixa área pertencente à empresa Suzano de Papel e Celulose.-
Amanhã, recebo representantes do MST e da empresa Suzano de Papel e Celulose para recuperar o acordo firmado em 2015.— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) March 7, 2023
Segundo o MST, apesar de lucros bilionários, o dinheiro ganho pela Suzano não retorna para a região, “pelo contrário, os trabalhadores e as trabalhadoras sem terra denunciam os problemas relacionados à crise hídrica nos municípios, causados pela produção em grande escala de eucalipto, a pulverização aérea de agrotóxicos nas área dos monocultivos, o assolamento e secagem dos rios e nascentes e a destruição da flora e fauna da região”.