MS: policial que matou professora já respondeu por homicídio
O agente é responsável por outro crime, ocorrido em 2012, que teve como vítima um estudante de 24 anos
atualizado
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O Tenente da Polícia Militar Alexander Nantes Stein, 32 anos, acusado de matar a professora Suellen Vilela Brasil em acidente de trânsito no sábado (30/05), em Campo Grande (MS), já respondeu por um homicídio, ocorrido em 2012, que teve como vítima um estudante de 24 anos. As informações são do G1.
No dia da morte da professora, o policial estava dirigindo embriagado. O carro que ele conduzia bateu na traseira do veículo de Suellen, que parou em uma árvore. Ela morreu no local.
Outro crime
No ano de 2012, o policial e o estudante Juan Barros Barboza estavam em uma festa com outros conhecidos, no dia 6 de maio, quando o militar passou a mostrar a pistola que usava em serviço. Enquanto manuseava a arma, houve disparos que atingiram o abdômen do rapaz.
Juany Barros Barboza, 31 anos, irmã do estudante morto, afirmou: “Se ele [policial] tivesse sido punido no primeiro crime que cometeu, hoje, uma segunda família não chorava”.
“Minha indignação é que ele [policial] foi ‘capacitado’, frequentou a academia de policia para exercer a profissão. Como que um policial que tem um treinamento para usar uma arma faz um disparo acidental contra uma pessoa?”, desabafou Juany.
O juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, encerrou o caso da morte de Juan, em junho de 2017. Foi decretada a extinção da punibilidade do policial pelo fato de ter sido beneficiado com a suspensão condicional do processo e ter decorrido o período de prova sem revogação do benefício.
O oficial da PM está no presídio militar e a Corregedoria da corporação acompanha o caso. Um procedimento administrativo foi aberto para apurar a conduta do tenente.