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MS decreta emergência e pede ajuda federal contra fogo no Pantanal

O pedido tem o objetivo de garantir recursos e apoio do governo federal para o combate às chamas

atualizado

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Incêndio na área da Marinha próximo a Santa Maria – Brasília – DF 31/08/2015
1 de 1 Incêndio na área da Marinha próximo a Santa Maria – Brasília – DF 31/08/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência por causa dos incêndios florestais que devastam principalmente o Pantanal, um dos mais importantes ecossistemas brasileiros, considerado patrimônio natural mundial. Até esta quinta-feira (12/09/2019), o fogo havia consumido 1 milhão de hectares, segundo estimativa do Ibama.

O decreto, assinado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira e tem o objetivo de garantir recursos e apoio do governo federal para o combate às chamas que avançam sem controle áreas rurais em nove municípios.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o número de incêndios de janeiro a setembro deste ano mais que triplicou em relação ao mesmo período do ano passado, subindo de 1.902 para 6.301. O município de Corumbá, no Pantanal Sul, assumiu a liderança no ranking nacional de queimadas, com 1.834 focos este ano – 634 só este mês. Nas últimas 48 horas, no Estado, foram 397 novos pontos de fogo, 90% deles criminosos, disse o secretário Jaime Verruck, do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar.

O fogo se concentra nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Anastácio, Bonito, Miranda, Bodoquena, Ladário e Porto Murtinho, todos na região do Pantanal e do Parque Nacional Serra da Bodoquena. O decreto considera o mês de setembro como o mais crítico para incêndios florestais em razão da estiagem de quase 60 dias, a baixa umidade do ar e os alertas para ondas de calor no Estado, com alto risco à população. Conforme o governo estadual, houve aumento expressivo no atendimento em unidades de saúde por doenças relacionadas à qualidade do ar.

A situação de emergência vigora por 180 dias e autoriza a mobilização de toda a estrutura do Estado em ações de resposta ao desastre. O governo pode convocar voluntários para reforçar o aparato oficial. Segundo o secretário Verruck, o número de focos sofreu alteração drástica nos últimos dias e o fogo se expandiu velozmente.

O Corpo de Bombeiros deslocou 200 homens, inclusive militares que estavam de folga, para as frentes de combate às chamas, mas espera por reforços em pessoal e equipamentos do Ministério da Integração Regional e do Exército. Foi pedido também apoio operacional às empresas de celulose e entidades ligadas ao agronegócio.

Nesta quinta-feira, o governo esperava a chegada de aeronaves pedidas ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), órgão do Ministério, para se juntar aos dois aviões que já estão na área. O comandante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Fernando Carminati, sobrevoou a região durante seis horas na tarde de Quarta-feira (11) e constatou os focos de maior gravidade estão na região do Pantanal e em sua borda, abrangendo os municípios de Aquidauana, Miranda e Corumbá. Ele contou que o piloto foi obrigado a operar a aeronave por instrumentos devido à densa fumaça.

O fogo mais intenso consumia matas da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estância Caiman, um polo de turismo ecológico importante do Pantanal e que desenvolve projetos de preservação da fauna. Um avião agrícola é usado no combate às chamas. As queimadas lançaram uma cortina de fumaça sobre a capital, Campo Grande, e os pilotos que usavam o aeroporto internacional precisaram recorrer à ajuda de instrumentos por falta de visibilidade na manhã desta quinta-feira.

Os incêndios em números:

  • Área queimada este ano: 1 milhão de hectares
  • Total de focos este ano: 6.301
  • Focos no mesmo período em 2018: 1.902
  • Focos em Corumbá: 1.834
  • Focos nas últimas 48 horas: 397
  • Número de municípios em emergência: 9
  • Bombeiros na frente de combate: 200

Fontes: Defesa Civil e Inpe

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