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MRV espera normalização do Minha Casa Minha Vida neste mês de março

Programa habitacional funciona com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) complementados por subsídios do Tesouro Nacional

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Fernando Frazão/Agência Brasil
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1 de 1 1011354-08042016_dsc9539- - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A MRV Engenharia, maior operadora do Minha Casa Minha Vida (MCMV), espera que o programa habitacional seja normalizado em março, após gargalos na liberação de recursos estrangularem os negócios no começo deste ano.

“Tivemos retenção no repasse das unidades em janeiro. Em fevereiro foi melhor. E esperamos que em março seja resolvido e se compense o problema”, disse nesta sexta-feira (1º/3) o copresidente da incorporadora, Eduardo Fisher, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O Minha Casa Minha Vida funciona com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) complementados por subsídios do Tesouro Nacional. O problema está neste último, pois o governo federal restringiu a liberação de recursos a 1/18 do previsto na Lei Orçamentária ao mês. O ritmo normal de liberação é de 1/12 ao mês.

Na prática, a medida funciona como uma espécie de contingenciamento, visando a revisão das contas e o controle preventivo. Por sua vez, o FGTS não pode antecipar a parte devida pelo Tesouro, sob o risco de configurar uma pedalada fiscal.

Nessa quinta (28), o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse, em audiência no Senado, que está ciente dos problemas provocados no Minha Casa Minha Vida e que já solicitou ao Ministério da Economia antecipação de um volume de recursos suficiente para regularizar a situação em março e também para compensar os atrasos de janeiro e fevereiro.

“A equipe econômica é racional, mas tem pouca experiência no executivo. É natural que queiram rever algumas questões”, ponderou Fischer. “A mensagem desta semana foi bastante positiva”, emendou.

Demanda saudável
O copresidente da MRV acredita que o mercado imobiliário destinado a famílias de baixa renda permanece com uma demanda saudável e que ainda permite expansão dos lançamentos e das vendas neste ano. “Continuo prevendo crescimento em 2019”, afirmou, sem dar meta oficial.

Os lançamentos da MRV devem ser formados por cerca de 85% de unidades dentro das faixas 2 e 3, cerca de 10% na faixa 1,5 e cerca de 5% fora do programa, com financiamentos originados em recursos da caderneta de poupança.

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