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MPT acusa presidente da Fundação Palmares de assédio e discriminação

A ação conta com depoimentos de 16 servidores e ex-funcionários que relatam humilhações e terror psicológico por parte de Sérgio Camargo

atualizado

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Posse do novo ministro do turismo _ Gilson Machado Neto
1 de 1 Posse do novo ministro do turismo _ Gilson Machado Neto - Foto: Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, foi acusado de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica em processo no Ministério Público do Trabalho (MPT). A ação é baseada nos depoimentos de 16 servidores e ex-funcionários da Fundação que alegam ter passado por humilhação e terror psicológico. 

De acordo com matéria divulgada pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (29/8), a investigação começou a partir de denúncias do movimento negro no Brasil, que pressiona pela saída de Camargo desde que ele assumiu o cargo. 

No documento da ação protocolada no MPT, existem exemplos de frases que ele usava com os funcionários. Segundo os depoimentos, ele chamava as pessoas aos gritos e falava coisas como “esses homens que têm esses cabelos altos e são das periferias são todos malandros” e “cabelo típico de aparência de esquerdista”.

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A cada dia, pelo menos um negro é alvo de racismo
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo
Fundação Palmares: atual presidente disse que não liberaria um centavo para terreiros
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Sérgio Camargo, desde que foi lançado por Jair Bolsonaro ao cargo de presidente da Fundação Palmares, teve desentendimentos com o movimento negro

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A cada dia, pelo menos um negro é alvo de racismo

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O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo

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Fundação Palmares: atual presidente disse que não liberaria um centavo para terreiros

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Além disso, segundo a reportagem, ele costumava exaltar a “necessidade de se cassar esquerdistas” e que um dos diretores que ele contratou era um “direita-bundão”, por não ter coragem de mandar esquerdistas embora. 

De acordo com o MPT, a situação provocou doenças mentais na equipe que trabalhou com ele. Os relatos incluem desenvolvimento de ansiedade e síndrome do pânico, além dos servidores concursados que solicitaram a saída da Fundação Palmares. 

Ainda de acordo com a reportagem, Sérgio Camargo responde a mais de 30 processos, mas não se importa. “Ri e zomba do fato”, alegam os depoimentos. O presidente da Palmares ainda teria dito que nada aconteceria com ele por ter o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O processo solicita que ele seja afastado do cargo de presidente, mas também que pague indenizações por danos morais, no valor de até R$ 200 mil. 

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