MPSP denuncia sacerdote nacional da umbanda por supostos crimes sexuais
Segundo a Promotoria, seis vítimas procuraram o órgão para acusar o religioso de estupro no templo religioso em que ele atua
atualizado
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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o sacerdote Heraldo Lopes Guimarães, de 56 anos, por supostos crimes sexuais praticados contra fiéis. Ele é um dos principais líderes religiosos do país ligados à umbanda, religião brasileira de matriz africana.
Segundo o órgão, até agora, seis vítimas procuraram a Promotoria para denunciar o religioso, conhecido como Pai Guimarães de Ogum. Entre elas, está uma jovem que tinha 12 anos quando, segundo seu depoimento, começou a ser abusada por ele.
De acordo com a denúncia, os crimes teriam sido praticados pelo menos entre 2010 e 2019, e na maior parte dos casos ocorrido no templo dirigido por ele no Ipiranga, zona sul da capital paulista.
O Ministério Público afirma que ele usava a condição de líder religioso para exercer domínio psicológico e deixar as vítimas vulneráveis.
“Após o oferecimento de denúncia, o acusado se internou em hospital do qual já se evadiu segundo relatos das vítimas, antes mesmo de qualquer pronunciamento judicial sobre o tema. Há risco concreto de evasão do acusado, além de que sejam praticados novos atentados contra a ordem pública, afirmou o MPSP.
Guimarães, por meio do advogado Marco Antonio de Castro, diz negar “veementemente todas as acusações” e afirma que provará sua inocência no curso do processo. Ele aponta a ex-companheira, uma das vítimas, como articuladora das denúncias e cita como motivação uma disputa patrimonial.