MPSP cria força-tarefa para investigar denúncias contra a Prevent Senior
Quatro promotores foram escalados para apurar se a operadora de plano de saúde receitou medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid
atualizado
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São Paulo – O chefe do Ministério Público do Estado de São Paulo, Mário Sarrubbo, criou uma força-tarefa com quatro promotores para apurar denúncias contra a Prevent Senior. O órgão investigará se a operadora de plano de saúde aplicou medicamento sem eficácia comprovada em pacientes com diagnóstico de Covid-19.
Fazem parte do grupo os promotores Everton Zanella, Fernando Pereira, Nelson dos Santos Pereira Júnior e Neudival Mascarenhas Filho, além do promotor natural do caso, Rodolfo Bruno Palazzi.
O caso veio à tona após médicos que trabalhavam com casos de Covid-19 na operadora denunciarem assédio para prescrever medicamentos do “kit covid”, como flutamida, cloroquina, azitromicina e ivermectina.
Há ainda relatos de que uma parte dos pacientes era medicada com esses fármacos, mesmo sem o devido consentimento.
Na quarta-feira (22/9), o diretor executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, afirmou à CPI da Covid que as denúncias contra a empresa foram manipuladas. Segundo ele, o dossiê entregue à CPI é “mentiroso” e os autores do documento são “criminosos”.
“Ex-médicos da Prevent manipularam dados de uma planilha interna de acompanhamento de pacientes para tentar comprometer a operadora. Esses profissionais, então, já desligados, passaram a acessar e editar o referido arquivo, culminando no compartilhamento da advogada Bruna Morato, em 28 de agosto”, afirmou Pedro Benedito.
Além do MPSP, o Ministério Público Federal investiga a operadora de plano de saúde. Em dezembro do ano passado, foi aberta uma averiguação para determinar como foi feita a pesquisa da Prevent Senior sobre a eficácia da hidroxicloroquina, associada a ivermectina, no tratamento da Covid-19.