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MP de SP autoriza investigação de assédio sexual a deputada do PSol

A ação terá início um mês após as advogadas de Isa Penna apresentarem denúncia contra Fernando Cury (Cidadania)

atualizado

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Isa Penna
1 de 1 Isa Penna - Foto: Reprodução

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) autorizou na sexta-feira (15/1) o início da investigação criminal para apurar a denúncia de violência sexual sofrida pela deputada estadual Isa Penna (PSol).

Em 16 de dezembro de 2020, as câmeras da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) flagraram o deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) apalpando o seio direto da parlamentar psolista.

O órgão recebeu a denúncia em 18 de dezembro de 2020 por um time de advogadas da parlamentar. São elas: Danyelle da Silva Galvão, Mariana Ferraz de Almeida Rodrigues, Mariana Salinas Serrano e Amanda Pretzel Claro.

Dessa maneira, elas pediram a entrega da cópia integral das imagens captadas no dia em que houve o episódio.  E, ainda, solicitaram que 12 deputados e deputadas prestassem depoimentos como testemunhas.

Os nomes apresentados foram: Ricardo Melão (MDB); Professora Bebel (PT); Carlos Gianazzi (PSol); Cauê Macris, (PSDB); Alex de Madureira (PSD); Carlão Pignatari (PSDB); Roberto Morais (Cidadania), André do Prado (PL), Janaína Paschoal (PSL), Monica Seixas (PSol), Erica Malunguinho (PSol); além do próprio Fernando Cury.

“Os fatos, em uma preliminar análise, podem ter contornos de infração criminal” e que é “portanto, (é) imperiosa a abertura de investigação criminal para a oitiva das testemunhas”, afirma o relator do despacho.

Além da denúncia, o Ministério Público recebeu representações da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados e da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.

Na domingo (10/1), o conselho de ética do Cidadania votou pela expulsão de Cury. Entretanto, a Justiça do Distrito Federal suspendeu na mesma semana a análise do processo ético-disciplinar do Cidadania contra o parlamentar. A decisão é temporária, e o partido prometeu recorrer da decisão.

O que diz Fernando Cury

A assessoria de Fernando Cury afirmou, em nota, que o deputado ainda não tomou conhecimento da íntegra da decisão de desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.

No entanto, reitera que “o parlamentar irá provar que jamais existiu crime de importunação sexual e que ele nunca teve a intenção de
constranger a nobre deputada Isa Penna ao abraça-la”.

A nota ainda afirma que “através de prova pericial das imagens captadas pelas câmeras da Assembleia Legislativa, a defesa demonstrará, inclusive, que não houve apalpação de seio, mas, exclusivamente, um abraço sem malícia, sem conotação sexual e sem discriminação de gênero”.

 

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