MPSP abre investigação sobre ações policiais na cracolândia
Promotores vão avaliar medidas de saúde e assistência social realizadas pela prefeitura na região, e por que foi usada força policial
atualizado
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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou um procedimento para apurar as operações policiais na cracolândia. Na última quinta-feira (12/5), um dependente químico morreu após ação da PM na região. O órgão quer entender o que tem sido feito na esfera social e de saúde pública, e porque as ações foram comandadas por forças de segurança pública.
A investigação foi aberta por meio de portaria das promotorias de Direitos Humanos, Saúde e Inclusão social, Habitação e Urbanismo e Infância e Juventude.
Raimundo Nonato Rodrigues Fonseca Júnior, 32 anos, foi baleado no peito e morreu durante a operação. Ele foi encontrado caído na rua e socorrido pelo Corpo de Bombeiros. O homem chegou a ser levado para a Santa Casa, mas não resistiu ao ferimento.
Na sexta (13/5), três policiais se apresentaram voluntariamente, dois deles admitindo que dispararam durante a operação. Agora, o DHPP investiga para saber se foi o tiro de um deles que matou Raimundo, e porque o tiro foi disparado.
Os promotores do MPSP vão avaliar como está sendo a internação de dependentes químicos pela prefeitura, os tratamentos que lhe são oferecidos nos locais de internação, os equipamentos de saúde e assistência social da região e as equipes e formas de abordagem que estão sendo feitas junto aos usuários e pessoas em situação de rua na região.
Na portaria de instauração do inquérito, os promotores destacam que, antes de maio, a prefeitura “jamais colocou a segurança pública no posto de comando da política pública efetivada na região e tampouco tem como meta a dispersão das pessoas da região da cracolândia para outros pontos da cidade”. E avaliam que a operação da semana passada têm “grande semelhança” com ações policiais anteriores que nunca deram resultado.
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