MPRJ faz acordo com Facebook para ajudar na apuração do caso Marielle
No próximo domingo (14/3), o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes completa três anos
atualizado
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Rio de Janeiro – A força-tarefa instituída pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), nesta sexta-feira (12/3), para cuidar especialmente do caso Marielle e Anderson tem como uma de suas primeiras missões concretizar um acordo judicial com o Facebook para obter dados que possivelmente ajudem na busca aos mandantes do crime.
No próximo domingo (14/3), o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completa três anos.
Com o acordo proposto pelo próprio Facebook, será a primeira vez que a empresa disponibilizará dados para a investigação, embora haja anterior determinação judicial para isso.
“Esperamos que o longo período de tempo em que eles se recusaram a nos fornecer os dados não tenha causado prejuízo e que esse acordo possa resultar em informações importantes para aprofundar as investigações”, explicou a coordenadora da força-tarefa, promotora de Justiça Simone Sibilio.
“Não podemos afirmar que, com as informações do Facebook, chegaremos aos mandantes, mas esperamos que ajudem”, acrescentou a promotora que, no fim da manhã desta sexta-feira (12/3), teve uma reunião virtual com Monica Benicio, viúva de Marielle Franco, para falar sobre o andamento das investigações.
Nos próximos dias, Simone vai se reunir com familiares da Marielle e de Anderson.
A análise sobre o acordo com o Facebook é da 4ª Vara da Comarca da Capital, que já havia determinado multa de R$ 5 milhões pelo descumprimento da decisão judicial.
O pedido para a concretização do acordo foi feito, no último dia 24 de fevereiro, pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), no período em que cumpriu os prazos processuais e exerceu o controle externo de todos os atos policiais, antes da instituição da força-tarefa coordenada por Simone, com auxílio da promotora de Justiça Letícia Emile.