MPGO vai autuar quem tiver tomado três doses da vacina contra Covid
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás irá checar os 1,7 mil casos suspeitos e encaminhar as denúncias ao Ministério Público do estado
atualizado
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Goiânia – Em reunião do Centro de Operações Emergenciais (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus, nesta quarta-feira (7/7), ficou definido que a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) realizará uma checagem preliminar nos municípios para apurar a possível aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19. De acordo com a secretaria, há 1,7 mil casos suspeitos.
Os dados levantados pela pasta serão entregues ao Ministério Público de Goiás (MPGO), que fará a distribuição para as promotorias dos locais onde o fato ocorreu para que sejam feitas as autuações.
Com a checagem, a intenção é excluir eventuais erros de registro da informação no sistema. A secretaria também deve separar as pessoas que possivelmente teriam sido imunizadas, qualificar e estabelecer o caminho percorrido para conseguir a terceira dose.
No caso de servidores públicos eventualmente contemplados com a terceira dose, foi orientado aos órgãos públicos a instauração de procedimento administrativo disciplinar (PAD).
Investigações
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás investiga se 1.772 pessoas tomaram três doses da vacina contra o coronavírus. Os nomes foram acusados no sistema em que é feito o cadastro de quem já tomou o imunizante.
Em entrevista à TV Anhanguera/Globo, a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, informou que existe possibilidade de que essas pessoas realmente tenham tomado as três doses.
A relação dos nomes será encaminhada aos respectivos municípios, para que seja apurado se houve um erro na digitação da informação no sistema ou se houve irregularidade. De acordo com a superintendente, os casos identificados são de registros em diferentes datas e de doses de diferentes laboratórios.
“Caso essa pessoa realmente tenha tomado três doses, a gente tem uma questão legal e uma questão moral. Moral porque ela tirou oportunidade de uma outra pessoa que não tem proteção nenhuma”, disse Flúvia Amorim ao telejornal.
Em nota, a SES-GO informou que a Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) monitora todos os casos registrados na base de dados estadual. O órgão orienta que os municípios encaminhem para o MPGO as ocorrências confirmadas.