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MPGO oferece mais 5 denúncias contra ginecologista acusado de estupro

Outras denúncias já tinham sido oferecidas contra Nicodemos Júnior Estanislau Morais por crimes sexuais; dezenas de vítimas acusam o médico

atualizado

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Arquivo pessoal
Ginecologista violação sexual goias
1 de 1 Ginecologista violação sexual goias - Foto: Arquivo pessoal

Goiânia – O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu, na terça-feira (30/11), mais cinco denúncias contra o médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, por crimes sexuais. Outras duas denúncias já haviam sido oferecidas em outubro contra o acusado, uma em Anápolis e outra em Abadiânia.

As denúncias envolvem 42 vítimas. De acordo com o órgão, 39 mulheres foram vítimas de estupro. Já outras três mulheres foram vítimas de violação sexual. Foram analisados os relatos de todas as mulheres que noticiaram o ocorrido à Delegacia da Mulher de Anápolis. Das 51 vítimas que relataram na Polícia Civil o que passaram dentro do consultório médico, o MP ouviu novamente 38 delas.

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Médico chegou a ser condenado em 2018
Mais de 40 vítimas já formalizaram denúncia contra o médico
Ginecologista Nicodemos é suspeito de violação sexual mediante fraude
Ginecologista Nicodemos em entrevista para a TV Globo, antes de ser preso novamente
Polícia Civil cumpre mandado de prisão de ginecologista em Anápolis
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Médico teria pedido para que paciente mostrasse bronzeado para ele

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Médico chegou a ser condenado em 2018

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Mais de 40 vítimas já formalizaram denúncia contra o médico

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Ginecologista Nicodemos é suspeito de violação sexual mediante fraude

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Ginecologista Nicodemos em entrevista para a TV Globo, antes de ser preso novamente

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Polícia Civil cumpre mandado de prisão de ginecologista em Anápolis

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Justiça manteve a prisão do médico Nicodemos Júnior Estanislau Morais

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Momento da segunda prisão do ginecologista na sexta-feira (8/10), em casa, em Anápolis

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Vítima relatou abuso em sua página no Instagram

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Conforme o MPGO, em 6 dos casos registrados na delegacia, a conclusão foi de que não houve nenhum crime, tendo sido requerido o arquivamento destes casos. A estimativa dos promotores de Justiça é que, caso condenado em todos os processos, a soma das penas que podem ser aplicadas ao médico alcançaria patamar superior a 300 anos.

Bloqueio de bens e valores

Nas cinco denúncias, o MP pediu também a decretação da prisão do médico e a tramitação dos feitos em segredo de justiça. Além disso, foi requerido o bloqueio de bens e valores do ginecologista em R$ 100 mil para cada vítima, a fim de assegurar futuro ressarcimento pelos prejuízos morais causados às mulheres.

Crimes sexuais

As três primeiras denúncias contra Nicodemos são de pacientes de Anápolis, que procuraram a delegacia entre junho de 2020 e setembro de 2021. Todos os relatos são de abusos que ocorreram durante consultas e exames.

Em uma dessas primeiras denúncias, a paciente diz que durante o abuso, o médico médico pegou a mão dela e levou até o pênis dele “para ela sentir que ele estava excitado”. Além disso, o profissional teria puxado o cabelo dela e passado a mão em seu corpo, dizendo que estava ensinando o que o marido da vítima deveria fazer.

Foram essas três denúncias que levaram à primeira prisão preventiva de Nicodemos, em 29/9. Logo depois que a prisão foi noticiada na imprensa, dezenas de outras mulheres procuraram a delegacia.

Veja o vídeo:

Condenação por abuso de 2018

Nicodemos chegou a ser condenado em primeira instância por importunação sexual, após ter inserido o dedo duas vezes na vagina de uma paciente, durante uma consulta em uma clínica do Samambaia (DF), em 2018.

A vítima contou que ficou em pânico e procurou a delegacia assim que saiu do consultório. Ela chegou inclusive a ordenar que o médico se afastasse, quando ele tentou beijá-la e abraçá-la por trás. Em resposta, o ginecologista teria afirmado que “gostava de mulher”.

Prisão

ginecologista está detido no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia, desde o último dia 8 de outubro. Ele chegou a ser preso no dia 29 de setembro, em razão das primeiras três denúncias, mas foi solto pela Justiça no dia 4 de outubro e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Com o registro de novos casos, Nicodemos foi preso novamente quatro dias depois.

O médico já foi indiciado pela Polícia Civil de Goiás por 22 casos de estupro de vulnerável, 22 casos de violação sexual mediante fraudes e 9 casos de assédio sexual. Após decisão do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Nicodemos teve o registro profissional interditado por seis meses, podendo ser prorrogado por igual período. Com isso, ele está impedido de exercer a medicina no país.

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