MPGO: não há indício da atuação de árbitros e casas de apostas em fraudes
De acordo com Cyro Peres, procurador-geral de Justiça do MPGO, esquema de fraudes era comandado por organização independente
atualizado
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Investigações do Ministério Público do Goiás (MPGO) apontam que não há, até o momento, indícios de participação de árbitros nos esquemas de fraudes em partidas do Brasileirão. A informação foi compartilhada por autoridades do MPGO em audiência nesta terça-feira (30/5), na Comissão Parlamentário de Inquérito (CPI) sobre o tema na Câmara dos Deputados.
De acordo com Cyro Peres, procurador-geral de Justiça do MPGO, as investigações realizadas até o momento não apontam participação de árbitros e nem das casas de apostas no esquema de manipulação do resultado de jogos.
Segundo o investigador, as fraudes eram comandadas por uma organização criminosa independente, formada por financiadores, apostadores, intermediadores e outros personagens, responsáveis por aliciar atletas para que cometessem infrações.
“Até o momento nós não recolhemos nenhuma evidência de participação das casas de apostas nesses esquemas. Elas figuram nas denúncias apresentadas como vítimas do esquema que procurava manipular o resultado para obter lucro mediante a retirada da aleatoriedade natural dos eventos que ocorrem dentro do futebol”, disse Peres.
O procurador também ressaltou que não há indícios de participação da arbitragem: “Com relação a arbitragem, quero deixar bem claro, não houve recolhimento de nenhum indício de que árbitros estivessem envolvidos nesse esquema ou que tenham de alguma forma atuado nesse sentido”, pontuou o procurador.
Até o momento, o MPGO denunciou 16 pessoas por fraudes em 13 partidas de futebol na série A do Brasileirão e em campeonatos estaduais de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Do total de denunciados, oito são atletas.
CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga manipulação de resultados envolvendo esquema de apostas em jogos de futebol ouve, nesta terça-feira (30/5), autoridades do Ministério Público do Goiás (MPGO) e o presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo.
Participam da audiência na Câmara dos Deputados o procurador-geral e o promotor de Justiça do MPGO, Cyro Terra Peres e Fernando Cesconetto, respectivamente.
Eles participaram das ações da Operação Penalidade Máxima, do MPGO, que ganhou destaque nos últimos meses após a denúncia de 16 pessoas por fraudes nos resultados de 13 partidas de futebol.
Além disso, a comissão ouve o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, responsável por identificar um caso de fraude no time e denunciar às autoridades.