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MPF vê redução de recursos para indígenas e quilombolas e cobra Congresso

Estudo do órgão aponta queda de 47,6% nas verbas destinadas à proteção das comunidades indígenas e 89,9% para territórios quilombolas

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índios crianças indígenas que moram em reserva do noroeste e tem dificuldade para ir à escola
1 de 1 índios crianças indígenas que moram em reserva do noroeste e tem dificuldade para ir à escola - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6CCR-MPF) expediu, nesta quinta-feira (1º/10), uma série de ofícios com o objetivo de sensibilizar parlamentares para a necessidade de aumentar a previsão orçamentária destinada aos programas e ações voltados aos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais em 2021.

De acordo com informação técnica elaborada pelo órgão, a proposta de orçamento da União em análise pelo Congresso Nacional prevê uma redução de recursos para algumas políticas públicas dirigidas a essas populações.

De acordo com o estudo, o orçamento de 2021 prevê redução de 47,6% nas verbas destinadas ao programa de proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai), em comparação com o ano corrente.

Já a ação para reconhecimento e indenização de territórios quilombolas, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), terá uma diminuição de 89,9% no seu orçamento.

Em 2020, a Funai recebeu do governo federal cerca de R$ 75 milhões para executar ações de regularização, demarcação e fiscalização de terras indígenas e proteção dos povos indígenas isolados; proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas; e aprimoramento da infraestrutura da autarquia por meio de projetos.

Para o próximo ano, o valor destinado pelo orçamento às mesmas iniciativas é de apenas R$ 39,4 milhões. Em relação a medidas para regularização fundiária de territórios quilombolas, a dotação orçamentária caiu de R$ 3,2 milhões em 2020 para R$ 329,8 mil em 2021, aproximadamente.

A informação técnica aponta ainda redução de 99,97% na ação para implantação, ampliação ou melhoria de ações e serviços sustentáveis de saneamento básico em pequenas comunidades rurais (localidades de pequeno porte) ou em comunidades tradicionais (remanescentes de quilombos) do programa de saneamento básico vinculado à Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Em 2020, o governo destinou cerca de R$ 254,5 milhões ao programa, enquanto em 2021 a previsão orçamentária é de apenas R$ 80 mil. Em relação a este ponto, a análise do MPF ressalva que é preciso verificar se os beneficiários dessa ação serão contemplados pela desregulamentação do setor de saneamento no país.

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