MPF recomenda que governo aumente quantidade de vacinas para Rondônia
O estado está 53,1% acima da média de mortes nacional por conta do coronavírus, ficando atrás apenas do Amazonas
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, corrija a quantidade de vacinas contra a Covid-19 que Rondônia recebe. “O estado é o segundo que menos recebe doses proporcionalmente à sua população e tem uma das maiores taxas de mortalidade”, diz o ministério.
O MPF também sugere que doses do fundo estratégico de 5% que se destinam aos estados em situação crítica sejam enviadas imediatamente para lá. “O estado está 53,1% acima da média de mortes nacional, ficando atrás apenas do Amazonas”, ressalta.
A capital Porto Velho tem, proporcionalmente, a segunda maior média de óbitos acumulados, com 411 mortes por 100 mil habitantes, atrás apenas de Cuiabá (MT) e ultrapassando até Manaus (AM). A cidade também é a quarta na média de casos acumulados entre as capitais.
“Sob todas as métricas avaliadas, Rondônia e seus municípios estão em grave situação epidemiológica e não se verifica uma ação coordenada específica para expandir a vacinação, como foi no Amazonas, Acre, Pará, entre outros”, aponta o procurador da República Raphael Bevilaqua.
O órgão também recomendou à Coordenação Estadual de Imunização da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) mais atenção aos municípios de Porto Velho, Ariquemes, Guajará-Mirim, Vale do Paraíso e Pimenteiras do Oeste. “Essas cidades se encontram na pior situação epidemiológica do estado e devem ter acompanhamento mais efetivo e desenvolvimento de ações mais incisivas”, diz.
Na recomendação ao Ministério da Saúde e à Agevisa, o MPF deu prazo de 72 horas para que informem se vão acatar ou não a recomendação.