MPF pede prisão de agentes da PRF envolvidos na morte de Heloísa
Pedido foi assinado pelo procurador Eduardo Benones. Ele também pediu nova perícia no carro onde Heloísa estava na hora do crime
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão preventiva dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada em 7 de setembro.
O pedido foi assinado pelo procurador Eduardo Benones. No ofício, ele pediu a prisão dos agentes Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pineiro e Wesley Santos da Silva.
O documento foi obtido pelo portal G1. O Metrópoles acionou a Procuradoria da República no Rio de Janeiro para tratar sobre o assunto, mas ainda não obteve retorno.
Na decisão, Benones pontuou que 28 agentes da PRF foram até o hospital para intimidar a família de Heloísa, fazendo “uso indevido da força corporativa”. O procurador também pediu uma nova perícia no fuzil utilizado no crime e no carro onde a garota estava no momento dos disparos.
Na sexta-feira (8/9), o MPF instaurou o procedimento investigatório requisitando à Superintendência da PRF a identificação do autor ou dos autores dos disparos, o afastamento de todos os envolvidos na operação por 30 dias e o recolhimento imediato das armas utilizadas na ação para realização de perícia. O órgão pediu, ainda, acesso ao procedimento investigatório interno aberto na Corregedoria da PRF.
Heloísa morreu neste sábado
Morreu, na manhã deste sábado (16/9), Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada na coluna e na cabeça durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Na última quinta-feira (14/9), Heloísa sofreu uma parada cardiorrespiratória, que foi revertida pela equipe de saúde após seis minutos. Ela estava internada no Hospital Adão Pereira Nunes.
A família da criança fazia uma viagem em um carro de passeio, que começou a ser perseguido por uma equipe da PRF. Dentro do veículo estavam Heloísa, os pais dela, a tia e uma irmã. O carro foi perseguido e alvejado por disparos feitos por policiais.
Em nota, a Prefeitura de Duque de Caxias e a Secretaria Municipal de Saúde lamentaram o caso e prestaram solidariedade aos familiares de Heloísa.
