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MPF pede que acusado de desmatar 75km² pague indenização de R$ 81,7 mi

O acusado recebeu a maior multa ambiental em 2022. Segundo o MPF, os desmatamentos são feitos para lotear e vender as áreas devastadas

atualizado

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Arquivo/Agência Brasil
Desmatamento
1 de 1 Desmatamento - Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) entrou, nessa quarta-feira (29/3), com ação pedindo que a Justiça condene o empresário acusado de desmatar 75km² de florestas no estado do Pará a pagar R$ 81,7 milhões em indenizações.

Segundo as investigações, o empresário Cleuberto José de Lima foi multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nove vezes. Além disso, os desmatamentos ilegais são feitos no intuito de lotear e vender as áreas devastadas.

A fiscalização ambiental afirmou que os desmatamentos ilegais ocorreram na Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu e na Unidade de Conservação Federal Estação Ecológica Terra do Meio, no sudoeste paraense.

Os crimes ambientais do empresário foram detectados pelo Ibama e pela Força Nacional de Segurança Pública em março do ano passado, durante a Operação Guardiões do Bioma 2022.

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Desmatamento na Amazônia
Madeiras na unidade de manejo sustentavel na floresta nacional do Jamari. Local: Itapuã do Oeste, Porto Velho (RO)
Trinta anos do Dia da Biodiversidade marca recorde de desmatamento
Floresta Amazônica e área desmatada perto de Porto Velho
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Desmatamento ilegal

Welington Pedro de Oliveira
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Desmatamento na Amazônia

WILSON DIAS/ AGÊNCIA BRASIL
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Madeiras na unidade de manejo sustentavel na floresta nacional do Jamari. Local: Itapuã do Oeste, Porto Velho (RO)

Foto: Igo Estrela/Metrópoles.
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Trinta anos do Dia da Biodiversidade marca recorde de desmatamento

Kamikia Kisedje/ WWF-Brasil
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Floresta Amazônica e área desmatada perto de Porto Velho

Igo Estrela/Metrópoles

De acordo com dados, o Pará é o estado brasileiro que mais recebeu autuações do Ibama em 2022. Três cidades paraenses lideram o ranking com as multas mais caras.

O MPF pede que as indenizações sejam divididas da seguinte forma: R$ 80,7 milhões por danos materiais; e R$ 1 milhão por danos morais coletivos. Em 2022, Lima recebeu a maior multa ambiental. Ele precisa pagar ao Ibama R$ 58,5 milhões pelos crimes ambientais.

O acusado também foi investigado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) na Operação Poltergeist, em 2015, que visava desmontar esquema de desvio de recursos públicos por meio da contratação de servidores fantasmas.

No site da Receita Federal, Lima aparece como dono da Free Carnes, empresa varejista de carnes fundada em 2005. Ela atua na cidade de Tucumã, localizada na microrregião de São Félix do Xingu (PA) — município que mais emite CO2 no Brasil, sofrendo com a expansão agropecuária e o desmatamento ilegal.

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