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MPF pede afastamento de prefeito por fake news contra terra indígena

Prefeito de São Félix do Xingu (PA) é investigado por divulgar suposta paralisação da operação para retirada de invasores da terra Apyterewa

atualizado

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Foto colorida de JOÃO CLEBER, prefeito de SÃO FÉLIX DO XINGU PA - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de JOÃO CLEBER, prefeito de SÃO FÉLIX DO XINGU PA - Metrópoles - Foto: Reprodução/TSE

O Ministério Público Federal (MPF) pediu o afastamento do prefeito de São Félix do Xingu (PA), João Cléber de Souza Torres (MDB), por divulgação de informação falsa sobre suposta paralisação de operação de retirada de invasores da terra indígena Apyterewa.

Segundo o MPF, o prefeito de São Félix do Xingu tem apoiado a ocupação irregular de áreas no interior da terra indígena.

O órgão destaca um vídeo publicado pelo político no último 17 de outubro no perfil da Prefeitura de São Félix do Xingu em que ele afirma ter conversado com o governador do estado, Helder Barbalho (MDB), e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que a desintrusão da terra indígena teria sido suspensa.

O político teria alegado ainda que pessoas não indígenas que atualmente ocupam a área sairiam do local somente após o recebimento de indenização.

“É patente a intervenção indevida do prefeito ao divulgar informações falsas com o intuito de prejudicar a desintrusão da região demarcada como terra indígena Apyterewa”, destaca o MPF.

A desintrusão da terra indígena Apyterewa tem sido alvo de confronto entre indígenas e não indígenas. No início da semana, um homem foi encontrado morto no local. A Polícia Federal (PF) investiga o caso.

A vítima foi identificada como Oseias dos Santos Ribeiro e foi encontrada com uma marca de tiro no corpo.

Prefeito investigado

Não é a primeira vez que João Cléber de Souza Torres é alvo do MPF. Em maio, o órgão pediu a condenação dele e de mais duas pessoas por facilitar a abertura de uma estrada de terra que daria apoio a garimpeiros ilegais que atuam dentro da terra indígena Apyterewa.

A terra indígena é ocupada pelos Parakanã e foi demarcada em 2008 pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Desde essa época o MPF tenta a retirada de não indígenas da região.

O Metrópoles tentou contato com a Prefeitura de São Félix do Xingu, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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