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MPF investiga Secom por anúncios oficiais em sites de fake news e pornô

Relatório da CPMI das Fake News indicou mais de 2 milhões de anúncios feitos com dinheiro público em sites considerados inadequados

atualizado

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O Ministério Público Federal (MPF) está investigando a Secretaria de Comunicação da Presidência da República na esteira de denúncias envolvendo o uso de dinheiro público para anunciar em sites e canais no YouTube que veiculam notícias falsas, promovem o presidente Jair Bolsonaro ou são de jogos de azar. Segundo o jornal O Globo, são investigados possíveis crimes de improbidade cometidos pela Secom.

A base da investigação é um relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito das Fakes News no Congresso, que indica pagamentos de mais de 2 milhões de anúncios em sites que divulgavam conteúdo considerado inadequado. Até sites pornográficos teriam recebido anúncios do governo federal, segundo o documento.

No relatório, foram identificados 843 canais inadequados, com 2.065.479 anúncios do governo. Entre eles, 47 seriam sites de fake news, 741 foram removidos do YouTube por descumprimento das regras, além de 12 plataformas de jogos de azar, sete de investimentos ilegais e quatro com conteúdo pornográfico.

O governo alega que contrata o serviço de anúncios do Google e não direciona o anúncio. Afirmou ainda que exige da empresa que o conteúdo não vá para canais impróprios.

Ainda segundo O Globo, o foco da investigação é possível improbidade administrativa decorrente da veiculação de publicidade em canais vinculados a familiares do presidente da República e em canais infanto-juvenis ou de jogos de azar.

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O Metrópoles procurou a Secom, mas o órgão comandado por Fabio Wajngarten não se manifestou até a publicação deste texto. O espaço está aberto.

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