MPF investiga denúncia de ataques por grileiros a indígenas Parakanã
Relatos dos povos da Terra Indígena Apyterewa indicam que grileiros estão tentando invadir duas aldeias no Pará
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF) investiga denúncias, recebidas no último domingo (17/5), de invasão de grileiros que tentam destruir duas aldeias na Terra Indígena Apyterewa, no Pará. O local é de difícil acesso. Com isso, o MPF e órgãos de segurança paraenses tentam viabilizar medidas provisórias para garantir a segurança na região. As denúncias são do povo Parakanã.
Com cerca de mil habitantes, a Apyterewa representa 52%, cerca de 2,4 mil hectares, do desmatamento registrado em terras indígenas no penúltimo semestre de 2021, de acordo com o Instituto Socioambiental (ISA). Os indígenas já convivem com a presença de grileiros na região desde 2016, com a criação da Vila Renascer, que conta com a presença de bares, igrejas evangélicas, restaurantes e um pequeno hotel.
O MPF do Pará informou, em nota, que acionou a Polícia Federal e o delegado de Redenção, cidade mais próxima do local, após receber áudios de indígenas, avisados por moradores da região, em que denunciavam que grileiros ameaçavam atacar duas aldeias do povo Parakanã.
De acordo com o MPF, um áudio alegava que uma das aldeias já está cercada por não indígenas. O ISA afirma que 17 famílias foram para essas novas aldeias após uma onda de invasão.
Em nota, o MPF afirma que a embates entre grileiros e indígenas acontece com frequência na região e que “novos relatos de ameaças chegaram ao conhecimento dos procuradores da República que acompanham o caso, em Redenção, e medidas administrativas e judiciais de proteção aos indígenas que já estão em curso serão imediatamente intensificadas”.
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