MPF instaura procedimento para identificar envolvidos em atos terroristas
Portaria do MPF visa “identificar financiadores, organizadores e participantes de protestos violentos e episódios de vandalismo” em Brasília
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento administrativo para facilitar a análise conjunta da apuração dos “atos antidemocráticos” praticados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro. Segundo portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (17/1), a iniciativa visa “possibilitar a instrução e identificação” dos envolvidos nos ataques terroristas.
A norma, assinada pelo subprocurador -geral da República, Carlos Frederico Santos, também coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Democráticos, justifica a abertura do procedimento administrativo como necessária para “combater os crimes relacionados a atos antidemocráticos, além de identificar financiadores, organizadores e participantes de protestos violentos e episódios de vandalismo” e “reunir as informações encaminhadas ao Ministério Público Federal por meio da Sala de Atendimento ao Cidadão”.
Atos terroristas
Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, terroristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde de domingo (8/1), em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.
Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e forçar a entrada no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas. Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão receberam ameaças.
O último alvo dos manifestantes extremistas foi o STF. O prédio do órgão do Judiciário foi invadido por volta das 15h45.