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MPF: esquema de corrupção era montado em “clube do charuto” de Witzel

Em reuniões no Palácio Guanabara, governador afastado recebia aliados, como o ex-secretário de Saúde Edmar Santos e desembargadores do TRT

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STJ determina afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio
1 de 1 STJ determina afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Rio de Janeiro – O esquema de corrupção que desviou recursos destinados ao pagamento do salário de trabalhadores da saúde do estado do Rio de Janeiro e que motivou a prisão de 11 pessoas, incluindo decisões contra quatro desembargadores, na manhã desta terça-feira (2/3), foi acertado no “clube do charuto” do governador afastado Wilson Witzel (PSC).

Nesses encontros semanais, sempre às quintas-feiras, no Palácio Guanabara, Witzel se reunia com aliados, amigos e, principalmente, gente interessada em fechar negócios com o governo estadual, segundo informações que constam na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), à qual o Metrópoles teve acesso.

Além dos desvios, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), houve o pagamento de R$ 8,5 milhões de propina aos desembargadores, ao grupo do governador do Rio Wilson Witzel e a advogados envolvidos no caso.

Foi num desses momentos que o ex-secretário de Estado de Saúde Edmar Santos foi apresentado ao desembargador Marcos Pinto da Cruz por Witzel, que fez questão de ressaltar que o magistrado “tinha, sob sua responsabilidade, algumas questões trabalhistas de empresas da área de saúde, e solicitou que o colaborador o auxiliasse no que lhe fosse pedido”, como revela a denúncia do Ministério Público Federal.

Na manhã desta terça-feira, a Polícia Federal e a PGR cumpriram 11 mandados de prisão preventiva e mais 26 de busca e apreensão. Em conjunto com a operação, deflagrada para a obtenção de mais provas, a PGR já apresentou denúncia ao STJ a respeito do esquema.

Entre os acusados estão os desembargadores do TRT-1 Marcos Pinto da Cruz, José da Fonseca Martins (ex-presidente do TRT), Fernando Antonio Zorzenon da Silva (ex-presidente do TRT) e Antonio Carlos de Azevedo Rodrigues. Entre os denunciados também estão Wilson Witzel, o pastor Everaldo, o empresário Mario Peixoto e advogados envolvidos no esquema.

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Witzel, Flávio e Bolsonaro
Witzel diz querer retomar diálogo com Bolsonaro
Governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel
Edmar Santos foi exonerado do cargo no dia 17 de maio pelo governador Wilson Witzel
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