metropoles.com

MPF denuncia Silvinei Vasques e mais 7 por fraude em licitações na PRF

Há suspeita de fraudes em licitações e contratos referentes a compra de 15 viaturas operacionais blindadas para a PRF do Rio em

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Ascom-PRF
Imagem colorida mostra Símbolo da PRF em uma das viaturas - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Símbolo da PRF em uma das viaturas - Metrópoles - Foto: Reprodução/Ascom-PRF

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou oito pessoas suspeitas de fraudar licitações e contratos referentes a compra de 15 viaturas operacionais blindadas consideradas ineficazes. Os veículos, chamados de caveirões, foram destinados à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio de Janeiro entre 2020 e 2022, durante a gestão do ex-superintendente Silvinei Vasques, um dos denunciados.

De acordo com o MPF, a compra dos veículos blindados teria causado um prejuízo de R$ 13 milhões aos cofres públicos. A comercialização das viaturas teria sido realizada pela empresa Combat Armor Defense.

A denúncia é assinada pelo procurador da República Eduardo Benones e acontece no âmbito da Operação Megatherium, que também tem como alvos os empresários e sócios da Combat Armor Defense do Brasil.

O MPF pediu a prisão preventiva dos empresários e sócios da empresa e também de dois policiais rodoviários, responsáveis pela licitação. Os servidores teriam elaborado os Estudos Técnicos Preliminares e o próprio Documento de Oficialização de Demanda para compra das viaturas.

Ainda segundo o órgão federal, o pregão foi realizado em 2020, tendo estabelecido prazos pequenos para apresentação de protótipo e a entrega dos veículos.

Conforme a investigação, as licitações eram caracterizadas pelos mesmos concorrentes e propostas irreais acima do preço, nos quais a Combat ganhava, na maior parte dos casos, pela modalidade “menor preço”.

O MPF destaca que existem 59 empresas habilitadas para comercializar o serviço de blindagem nível III, no entanto, a Combat Armor não está entre elas. O Ministério Público frisa que os blindados entregues pela companhia não são capazes de realizar serviços básicos desempenhados pela PRF, como subir ladeiras por não possuírem a mecânica necessária.

“Até onde é sabido, a Combat não teria capacidade operacional para atender todos os contratos firmados com a Administração, sobretudo por sua falta de capilaridade aparente e expertise a nível Brasil. Isso traz dúvidas sobre como conseguiria atender Rio de Janeiro, Distrito Federal, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Pará e Bahia concomitantemente”, reforça o procurador.

Os denunciados são:

  • Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da PRF);
  • Antônio Ramires Lorenzo (ex-chefe de gabinete do Ministério da Justiça);
  • Mauricio Junot de Maria (ex-CEO da Combat Armor Defense);
  • Cauê da Glória Gonzaga Junot de Maria (filho de Junot)
  • Alexandre Carlos Silva (PRF);
  • Marcelo de Ávila (PRF);
  • Eduardo Fonseca Martins (PRF);
  • Wesley de Assis Leopoldo (PRF).

O Metrópoles não conseguiu contato com as defesas dos denunciados. O espaço segue aberto para manifestações.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?