MPF denuncia financiadores de atos antidemocráticos em Dourados, no MS
Segundo o MPF, três empresários eram responsáveis por custear a comida dos manifestantes e pelo envio de caminhões para bloqueios
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF) apresentou, nesta terça-feira (10/11), uma denúncia contra três empresários do Mato Grosso do Sul suspeitos de financiar as manifestações antidemocráticas no município sul-mato-grossense de Dourados.
As manifestações ilegais que aconteceram em Mato Grosso do Sul reivindicaram a atuação das Forças Armadas para impedir que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assuma o Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2023.
Os empresários foram indicados por “incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade”.
As denúncias aconteceram após uma investigação da Polícia Federal apontar os empresários como financiadores dos atos antidemocráticos. Segundo o MPF, o trio era responsável por custear a alimentação de centenas de pessoas que encontram-se acampadas em frente à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados.
Acusações
O MPF acusou um dono de restaurantes, um proprietário de uma loja de insumos agropecuários e a diretora do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Dourados.
Um dos empresários determinou o envio de todos os veículos de sua empresa, cerca de 50 carretas, para participarem dos atos antidemocráticos.
Segundo a denúncia do MPF, a responsável pelo CTG cedeu a estrutura do centro para apoiar os manifestantes antidemocráticos. O local está localizado próximo ao quartel.
Na denúncia, o órgão pede que os responsáveis sejam condenados ao pagamento de danos morais coletivos nos valores de R$ 200 mil (dono de restaurante e responsável pelo CTG) e R$ 400 mil (dono de loja de insumos agropecuários). Além disso, os procuradores solicitaram o bloqueio da conta do empresário do ramo alimentício no Instagram, responsável por incitar os atos ilegais nas redes sociais.