MPF denuncia 26 pessoas por queda de barragem em Mariana (MG)
Destas, 21 são acusadas de homicídio qualificado. As empresas Samarco, Vale e BHP Billiton terão que responder por crimes ambientais
atualizado
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Do total, 21 pessoas são acusadas de homicídio qualificado. Além disso, oito pessoas e as empresas Samarco, Vale e BHP Billiton terão que responder por crimes ambientais contra a fauna, a flora, o ordenamento urbano, além de poluição e danos ao patrimônio histórico e cultural. Todos os indiciados, tanto pessoas quanto empresas, negam ter cometido qualquer irregularidade.
A denúncia foi realizada após um trabalho conjunto do MPF com a Polícia Federal e a Polícia Civil de Minas Gerais. Em fevereiro, a PC já havia indiciado seis executivos da Samarco e um engenheiro da consultoria VogBr por homicídio com dolo eventual, em que se assume o risco de matar. A PF concluiu o inquérito em junho indiciando as mesmas pessoas e acrescentando também um funcionário da Vale.
A tragédia ocorreu no dia 5 de novembro de 2015. Uma das barragens da Samarco se rompeu, destruindo todo o distrito de Bento Rodrigues e matando 19 pessoas. Além disso, o rio Doce e as cidades mineiras Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras foram afetados pelo incidente. O desastre ambiental é considerado o maior do país.
Indiciados da Samarco:
– Ricardo Vescovi, diretor-presidente licenciado
– Kléber Terra, diretor-geral de operações
– Germano Lopes, gerente-geral de projetos
– Wagner Alves, gerente de operações
– Wanderson Silvério, coordenador técnico de planejamento e monitoramento
– Daviely Rodrigues, gerente
- Indiciado da Vale:
- – Rodrigo de Melo, gerente das usinas do Complexo da Alegria
- Indiciado da VogBR:
- -Samuel Paes Loures, engenheiro