metropoles.com

MPF denuncia ex-coordenador cultural que reprovou “festival antifascista”

Ex-coordenador de Análise Técnica de Projetos Culturais do Programa Nacional de Apoio à Cultura, Ronaldo Daniel Gomes responderá por crime

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação Ministério Público Federal do Rio de Janeiro
Banner do evento
1 de 1 Banner do evento - Foto: Divulgação Ministério Público Federal do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – Responsável por reprovar um evento definido como “festival antifascista e pela democracia”, o ex-coordenador de Análise Técnica de Projetos Culturais do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) Ronaldo Daniel Gomes foi denunciado pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal do Rio de Janeiro.

De acordo com o órgão, que divulgou a denúncia nesta segunda-feira (20/9), Gomes é o autor do parecer que reprovou o Festival de Jazz do Capão, na Chapada Diamantina, Bahia, após os organizadores publicarem em rede social a posição política da atração.

Os procuradores usaram como base o a Lei Rouanet que prevê como crime, com pena de reclusão de dois a seis meses e multa, ” qualquer discriminação de natureza política que atente contra a liberdade de expressão, de atividade intelectual e artística, de consciência ou crença, no andamento dos projetos a que se refere esta Lei”.

De acordo com o MPF, Gomes era o responsável na Fundação Nacional de Artes (Funarte) por coordenar as análises técnicas dos projetos culturais apresentados no âmbito da Lei Rouanet. Em janeiro, recebeu o projeto e indicou a parecerista credenciada Daniela Correa Braga para emitir opinião técnica sobre a proposta.

Ela aprovou o festival sob o argumento de que “já estava em sua 9ª edição, era totalmente gratuito à população, promovia o intercâmbio com artistas de outras regiões e não teria por quê não habilitá-lo”.

No parecer, Gomes, após usa uma série de citações e afirmativas desconexas envolvendo Bach, Beethoven, Schopenhauer, Platão e canto gregoriano, justificou a reprovação da proposta.

Em nota, o MPF esclareceu que ouvido, Gomes afirmou que não recebeu ordem superior para excluir o parecer favorável elaborado pela profissional credenciada e substituir pelo de sua autoria. Como ele não tem antecedentes criminais, o órgão pediu a substituição da pena por  200 horas de serviços à comunidade.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?