metropoles.com

MPF abre investigação sobre ação na Vila Cruzeiro que deixou 22 mortos

Polícia Federal e PRF deverão informar o protocolo da ação policial no Rio e dar detalhes sobre busca de suspeitos que motivaram a operação

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/TV Globo
Operação da PM e da PRF deixou mais de 20 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro
1 de 1 Operação da PM e da PRF deixou mais de 20 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro - Foto: Reprodução/TV Globo

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento de investigação criminal para apurar a legalidade da operação policial realizada na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (24/5), que deixou ao menos 22 pessoas mortas. O número pode subir, já que a ação prossegue.

O MPF informou que foi avisado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que a operação ocorreria, em conjunto com a Polícia Militar, com o objetivo de capturar criminosos do Comando Vermelho atuantes nas comunidades do Rio.

]

Agora, entretanto, o órgão quer saber detalhes de como se deu a ação, como as mortes ocorreram, quantos e quais agentes participaram e se os mandados de prisão foram cumpridos. O MPF notificou os superintendentes da Polícia Federal e da PRF, e também pediu informações sobre a ação penal e os inquéritos policiais que motivaram os pedidos de prisão dos suspeitos.

Ao abrir a investigação, o procurador da República Eduardo Benones, do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial no Rio de Janeiro, relembrou outras operações que deixaram mortos e destacou que é preciso investigar violações de direitos humanos.

“Em 11 de fevereiro deste ano, no mesmo lugar, houve oito vítimas fatais em operação com participação da PRF. O Brasil é signatário de tratados e acordos internacionais que nos obrigam a investigar e punir violações de direitos humanos. E 21 mortos, até agora, em menos de três meses, não podem ser investigados como se fossem simples saldo de operações policiais”, afirmou.

3 imagens
Operação deixou uma moradora morta
Operação tem o objetivo de capturar chefes do Comando Vermelho do Rio e das regiões Norte e Nordeste do Brasil
1 de 3

Tenente-coronel Uirá Ferreira, do Bope (esquerda)

Daniele Dutra/Metrópoles
2 de 3

Operação deixou uma moradora morta

Daniele Dutra/Metrópoles
3 de 3

Operação tem o objetivo de capturar chefes do Comando Vermelho do Rio e das regiões Norte e Nordeste do Brasil

Daniele Dutra/Metrópoles

Na tarde desta terça, o coronel da PM Luiz Henrique Pires pontuou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de limitar operações nas favelas durante a pandemia da Covid-19 acentuou a migração de bandidos para a capital fluminense.

“A gente começou a reparar essa movimentação, essa tendência deles de migração para o Rio, a partir da decisão do STF”, afirmou. “A tendência do esconderijo deles é fruto dessa decisão do STF, que limitou a ação das forças policias.”

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?