MP recomenda que prefeitura não use ozônio via ânus contra a Covid-19
Prefeito de Itajaí disse, em live, que inscreveu a cidade para participar de uma pesquisa com o novo tratamento
atualizado
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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) enviou uma recomendação ao prefeito Volnei Morastoni (MDB), de Itajaí, no interior catarinense, para que não use ozônio no tratamento para o novo coronavírus. O documento foi remetido ao chefe do Executivo municipal após ele sinalizar o desejo de adotar a aplicação da substância por via retal como forma de tratar pacientes infectados com a Covid-19.
“O Ministério Público recomenda a Vossa Excelência que se abstenha de disponibilizar, no âmbito do Município de Itajaí, a prática da ozonioterapia como forma de tratamento medicamentoso em eventuais diagnósticos de Covid-19″, diz o documento.
A nota também ressalta a falta de comprovação científica da ozonioterapia no combate à doença. O texto pontua que os efeitos são desconhecidos e o tratamento não deve ser recomendado como prática clínica.
Em live nessa terça-feira (4/8), Morastoni afirmou ter inscrito a cidade na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para oferecer o tratamendo via admissão de ozônio pelo ânus.
“Provavelmente, vai ser uma aplicação via retal, uma aplicação ‘tranquilíssima’, ‘rapidíssima’, de dois minutos, num cateter fininho e isso dá um resultado excelente”, afirmou o prefeito.
Morastoni, que é médico, informou que provavelmente seriam aplicadas 10 sessões da admissão de ozônio e que o tratamento seria oferecido somente “a quem desejar”.
Atualmente, a prefeitura distribui ivermectina à população. O tratamento via retal com ozônio seria um complemento das opções já oferecidas pela administração que inclui, além do vermífugo, a azitromicina e cânfora.