MP quer que Sara Winter pague R$ 1,3 milhão por expor criança de 10 anos
Segundo a Procuradoria, a extremista “desrespeitou a Constituição” ao divulgar os dados da menina vítima de estupro pelo próprio tio
atualizado
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O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MP-ES), por meio da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de São Mateus, propôs uma ação contra a extremista Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter. A medida foi tomada após a bolsonarista divulgar dados da criança de 10 anos, vítima de estupro cometido pelo tio.
A ação pede que Sara Winter pague uma indenização de R$ 1,3 milhão pela exposição da menina. A bolsonarista usou as redes sociais para divulgar o nome da criança e o hospital em Recife (PE) onde ela realizaria um procedimento para interromper a gestação.
“A atitude ilícita teve como consequência uma manifestação em frente ao hospital pernambucano onde foi realizado o procedimento médico, quando a família da criança e os profissionais de saúde foram hostilizados”, diz trecho da manifestação do MP.
“Essa conduta está incluída em uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição da criança de apenas 10 anos de idade”, completa.
Após a publicação de Sara Winter, manifestantes e religiosos foram ao hospital onde a menina realizou o aborto. A intenção era impedir o procedimento. Apesar do tumulto no local, a polícia e movimentos favoráveis à legalização do aborto conseguiram conter os protestantes.
“Ao dar publicidade, por meio da rede social Twitter, ao endereço do hospital onde se encontrava a criança vítima de violência sexual, Sara Winter desrespeitou a Constituição Federal, que tem foco na dignidade da pessoa humana”, diz o MP.