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MP pede prisão de PMs suspeitos de espancar e matar jovem com câncer

Soldados bateram com a cabeça de vítima contra muro de concreto “chapiscado com pedras”, segundo investigação. Testemunhas pedem sigilo

atualizado

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Barbeiro Chris com câncer morto PM Goiás
1 de 1 Barbeiro Chris com câncer morto PM Goiás - Foto: Instagram

Goiânia – O Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu, na terça-feira (7/12), as prisões preventiva de dois soldados da Polícia Militar de Goiás (PMGO) pela morte do barbeiro Chris Wallace da Silva, de 24 anos. O jovem foi espancado até ficar gravemente ferido, com traumatismo craniano, em 10/11. Ele morreu após seis dias internado.

Segundo as investigações, Chris e um amigo andavam por uma rua do bairro Fidélis, em Goiânia, quando foram abordados e agredidos pela dupla de militares. Os amigos teriam sido espancados pelos policiais, mas o barbeiro sofreu mais violência.

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Chris chegou em casa vomitando sangue e com crise convulsiva, segundo a mãe
Chris Wallace da Silva, de 24 anos, morreu após seis dias internado por causa de espancamento
Barbeiro Chris Wallace da Silva morreu após  sofrer agressão violenta em rua do bairro Fidélis, em Goiânia
Câmera mostra barbeiro e amigo andando em rua, pouco antes da agressão
Carro policial aparece em imagem de câmera no mesmo horário da denúncia do crime
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Barbeiro de 24 anos foi morto após ação policial, segundo a família

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Chris chegou em casa vomitando sangue e com crise convulsiva, segundo a mãe

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Chris Wallace da Silva, de 24 anos, morreu após seis dias internado por causa de espancamento

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Barbeiro Chris Wallace da Silva morreu após sofrer agressão violenta em rua do bairro Fidélis, em Goiânia

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Câmera mostra barbeiro e amigo andando em rua, pouco antes da agressão

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Carro policial aparece em imagem de câmera no mesmo horário da denúncia do crime

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Ministério Público pediu as prisões dos soldados Bruno Rafael da Silva e Wilson Luiz de Brito

TJGO

Um dos soldados bateu com a cabeça de Chris contra um muro de concreto “chapiscado com pedra”. Para completar a crueldade, a vítima tinha o diagnóstico de câncer nos ossos. As agressões, conforme se apurou, continuaram mesmo depois dele ter falado que tinha a doença.

Sigilo e medo

Durante as investigações foram ouvidas cinco testemunhas de forma sigilosa, que preferiram não revelar suas identidades. Os pedidos de prisão e denúncia dos policiais militares foram assinados por quatro promotores.

Uma das testemunhas relatou que foi abordada por policiais no dia do crime, que tiraram uma foto de seu CPF. Além disso, recebeu uma ligação de uma pessoa dizendo ser policial e perguntando sobre o caso, além de uma chamada de número restrito que foi desligada quando atendeu.

Várias testemunhas reconheceram os soldados Bruno Rafael da Silva e Wilson Luiz de Brito como os responsáveis pela abordagem violenta que levou à morte de Chris. Eles permaneceram em silêncio durante depoimento na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH).

O MPGO pediu que os dois sejam denunciados por homicídio qualificado, já que houve motivo torpe e foi utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima. O pedido do Ministério Público segue a linha do relatório final da Polícia Civil, que também pede as prisões dos soldados.

O Judiciário não tinha julgado o pedido de prisão até as 17h20 desta quarta-feira (8/12).

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